Paris - A França atribuiu a nacionalidade a mais de 12 mil trabalhadores estrangeiros que estiveram na "linha da frente" durante a epidemia de covid-19, anunciou hoje, quinta-feira, o Ministério do Interior francês.
Estes trabalhadores da linha de frente têm respondido pela nação. É normal que a nação dê um passo em direcção a eles. Dou as boas-vindas aos nossos novos compatriotas à nacionalidade francesa", disse a ministra delegada da Cidadania no Ministério do Interior, Marlène Schiappa, num comunicado citado pela agência France-Presse.
Em Setembro de 2020, o Governo facilitou o procedimento de naturalização para profissionais de saúde estrangeiros, trabalhadores de segurança ou de manutenção, e de estabelecimentos de bens essenciais ou que prestaram ajuda domiciliária mobilizados durante a crise sanitária.
Uma das medidas foi a redução do período mínimo de residência no país para obtenção da nacionalidade francesa de cinco para dois anos.
No âmbito dessa medida, foram apresentadas 16.381 candidaturas em toda a França e 12.012 estrangeiros tornaram-se franceses, segundo o gabinete da ministra delegada.
No total, 61.371 pessoas adquiriram a nacionalidade francesa em 2020, menos 20% do que no ano anterior.
A pandemia de covid-19 em França provocou mais de 115.000 mortos em 6,8 milhões de casos de infecção com o vírus SARS-CoV-2, que provoca a doença.
A nível global, a doença fez mais de 4,5 milhões de mortos desde que o vírus foi detectado pela primeira vez, em Dezembro de 2019.