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França "aumenta encomendas" de caças Rafale para força aérea

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  • Luanda • Terça, 18 Março de 2025 | 17h05
Presidente de França, Emmanuel Macron
Presidente de França, Emmanuel Macron
Pedro Parente-ANGOP

Paris - O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que vai "aumentar e acelerar as encomendas" de caças Rafale para a força aérea francesa, no âmbito dos novos investimentos na defesa em resposta ao "ponto de viragem" geopolítico mundial.

"O Exército Aéreo e Espacial vai precisar de mais Rafale, é um imperativo dado o contexto actual", declarou Macron, não especificando a quantidade de caças de fabricação francesa, a partir da base aérea 116 de Luxeuil-Saint Sauveur, no nordeste de França, segundo a agência Lusa, citado pelo site Notícias ao Minuto.

O Chefe de Estado francês afirmou ainda que serão investidos cerca de 1,5 mil milhões de euros para ampliar e modernizar esta base aérea, onde os seus aviões serão equipados com novos mísseis nucleares ultrassónicos.

A base aérea de Luxeuil-Saint Sauveur será a primeira a receber até 2035 "a próxima versão do Rafale e o seu míssil nuclear hipersónico, um elemento-chave na modernização em curso da dissuasão nuclear da França" e também receberá "2.000 militares e civis", segundo o chefe de Estado, que é também o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas francesas.

Esta base contribui para a "postura de segurança permanente" no espaço aéreo francês, mas também para as missões nacionais, multilaterais ou da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), nomeadamente sobre os Estados Bálticos, como explicou o Eliseu à agência France-Presse.

A base Luxeuil-Saint Sauveur, criada em 1912, acolheu em 1916 a esquadrilha La Fayette, formada por voluntários norte-americanos que se tinham alistado ao lado da França antes da entrada de Washington na Primeira Guerra Mundial. De 1966 a 2011, foi palco também da implementação da dissuasão nuclear aérea francesa.

A França,  única potência nuclear da União Europeia (UE), tem actualmente três outras bases aéreas envolvidas na dissuasão nuclear: Saint-Dizier (este), Istres (sudeste) e Avord (centro).

O anúncio do chefe de Estado francês acontece no momento em que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, discutem um possível processo de paz para a Ucrânia, invadida pelas tropas russas em fevereiro de 2022.

Na semana passada, Emmanuel Macron defendeu que a França deve lutar simultaneamente contra as "ameaças geopolíticas" e as "ameaças ao seu solo colocadas por terroristas", rejeitando acusações de que estaria a exagerar quanto à Rússia.

No início de Março, o Presidente francês anunciou querer "abrir o debate estratégico" sobre a protecção da Europa pelas armas nucleares francesas com os aliados dispostos a garantir a paz futura na Ucrânia e a protecção do continente europeu, para não depender da dissuasão norte-americana para fazer face às ameaças da Rússia. DSC/AM

 

 

 





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