Paris - As exportações do G20 cresceram 2,2% no primeiro trimestre, principalmente devido à recuperação da actividade na China, após dois trimestres consecutivos de queda, anunciou hoje a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
As importações deste grupo das principais economias mundiais continuaram, entretanto, a diminuir entre Janeiro e Março pelo terceiro trimestre consecutivo, em 1,2%, devido sobretudo ao efeito da baixa dos preços da energia, refere a OCDE num comunicado.
As vendas da China no exterior aumentaram 8,6% em comparação com os últimos três meses de 2022, quando tinham caído 7,1%, graças às fortes remessas de aço e produtos electrónicos.
No entanto, as compras da China mantiveram uma tendência descendente pelo quinto trimestre consecutivo (-0,7% desta vez), essencialmente devido à diminuição das compras de circuitos integrados e aos preços mais baixos da energia.
As exportações da UE aumentaram 3% no primeiro trimestre, impulsionadas pelas máquinas entregues a clientes em França, Alemanha e Itália, cujas vendas ao exterior aumentaram 4,9%, 3,9% e 5,1%, respectivamente.
Paralelamente, as importações da UE-27 caíram 1,1%, mais uma vez devido à descida dos preços da energia (principalmente petróleo e gás).
As vendas de veículos e peças sobresselentes contribuíram para a recuperação das exportações da América do Norte, com aumentos de 1% para os Estados Unidos, 1,2% para o Canadá e 1,2% para o México.
Em relação às importações, estas cresceram ligeiramente nos Estados Unidos (0,5%) e um pouco mais no México (1,6%), enquanto diminuíram no Canadá (0,5%).
Dentro do G20, a Argentina destacou-se pela queda de 14,7% nas suas exportações, o que está relacionado com o colapso das vendas de matérias-primas. No entanto, as compras ao estrangeiro recuperaram 4,8% após uma queda de 12,9% entre Outubro e Dezembro.
Quanto ao Brasil, as vendas ao exterior registaram um aumento muito ligeiro (0,4%), enquanto as compras caíram acentuadamente (8,2%). JM