Washington - Dezenas de líderes de emprensas americanas proeminentes pediram na segunda-feira ao Congresso que oficializasse Joe Biden como o novo presidente dos Estados Unidos, numa carta conjunta na qual afirmaram que é hora de "o país avançar".
A carta, assinada por mais de 170 executivos de sectores que vão desde as finanças e desportos à tecnologia e imprensa, condena qualquer tentativa de frustrar o processo de certificação como "contrário aos princípios essenciais" da "democracia" americana.
“Esta eleição presidencial já foi decidida e é hora de o país seguir em frente”, diz a cópia da carta publicada pelo grupo de defesa empresarial Partnership for New York City. “O Congresso deve certificar a votação do Colégio Eleitoral na quarta-feira, 06 de Janeiro”, exigiram os empresários.
Essa medida é geralmente uma formalidade, mas mais de 100 congressistas republicanos e cerca de 12 membros republicanos do Senado anunciaram planos para apresentar objecções na quarta-feira.
Pelo menos um representante da Câmara Baixa e um membro da Câmara Alta devem opôr-se à certificação para que o assunto seja debatido e votado no plenário de cada Câmara.
No entanto, uma eventual votação estaria fadada ao fracasso tanto na Câmara Baixa, controlada pelos democratas, e no Senado, de maioria republicana e onde vários senadores republicanos reconheceram a vitória de Biden e disseram que não a contestarão.
O presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a proclamar falsamente a vitória nas eleições de 03 de Novembro.
Trump pediu aos seus apoiantes que fossem a Washington nesta quarta-feira, quando o Congresso se reunir, aumentando o receio de confrontos na capital do país.
"O presidente eleito Joe Biden e a vice-presidente eleita Kamala Harris venceram no Colégio Eleitoral e os tribunais rejeitaram as contestações ao processo eleitoral", disseram os 179 executivos que assinaram a carta.
Com a pandemia da covid-19 ainda desenfreada nos Estados Unidos, "os nossos líderes devidamente eleitos merecem o respeito e o apoio bipartidário de todos os americanos num momento em que enfrentamos as piores crises económicas e de saúde da história moderna", continuaram os empresários.
Os signatários da carta incluem o director de operações da Blackstone, Jonathan Gray; o presidente da Microsoft, Brad Smith; Dexter Goei, CEO da Altice USA, e John Zimmer, co-fundador da Lyft.
Os CEOs da Goldman Sachs e American Express Company, juntamente com o CEO da BlackRock, Laurence Fink, e os directores das Associações Nacionais de Basquete Masculino e Feminino, Adam Silver e Catherine Engelbert, também assinaram o pedido.
Albert Bourla, CEO da gigante farmacêutica Pfizer, responsável pelo desenvolvimento de uma das vacinas contra a covid-19, também está entre os signatários.