Execuções no Irão cresceram 75% desde a morte de Mahsa Amini

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  • Luanda • Terça, 17 Setembro de 2024 | 08h36
Bandeira da República do Irão.
Bandeira da República do Irão.
Divulgação

Teerão - As execuções aumentaram 75% no Irão nos dois anos após a morte da jovem Mahsa Amini, que desencadeou protestos sob o lema "Mulher, Vida, Liberdade", denunciou segunda-feira a Organização Não Governamental (ONG) Iran Human Rights.

Pelo menos 1.425 pessoas foram executadas no Irão desde 16 de Setembro de 2022, quase o dobro dos dois anos anteriores aos protestos, quando se registaram 815 execuções, de acordo com a ONG que tem desse em Oslo, num comunicado segunda-feira divulgado e citado pela agência EFE.

A aplicação da pena de morte por crimes relacionados com drogas aumentou 162% no mesmo período, de 302 para 796 após o início dos protestos contra o regime iraniano.

As execuções relacionadas com acusações políticas como 'rebelião', 'corrupção na terra' ou 'inimizade para com Deus' também aumentaram em 84%, de 31 para 57.

Tendo em conta estes dados, a ONG Iran Human Rights apelou à comunidade internacional que investigue o uso da pena de morte no Irão como parte da repressão aos protestos do movimento "Mulher, Vida, Liberdade".

"A pena de morte é a ferramenta mais importante da República Islâmica para criar medo na sociedade, com o objectivo de reprimir os protestos e prevenir novos", afirmou o director da ONG, Mahmood Amiry-Moghaddam.

Cumpriu-se esta segunda-feira dois anos da morte de Mahsa Amini.

Detida pela polícia de costumes iraniana em 13 de Setembro de 2022, por alegadamente não estar a usar devidamente o véu islâmico, a jovem iraniana acabou por morrer, três dias depois, ainda sob custódia policial.

À morte de Amini seguiram-se protestos que duraram meses e foram brutalmente reprimidos pelas autoridades iranianas.

De acordo com a Iran Human Rights, pelo menos 551 manifestantes, entre os quais 68 menores e 49 mulheres, morreram às mãos da polícia durante os protestos. JM



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