Washington - O republicano John Bolton disse terça-feira que ele perdeu a protecção que tinha do Serviço Secreto dos Estados Unidos, destinado a altos funcionários e ex-conselheiro de segurança nacional da Casa Branca durante o primeiro mandato de Donald Trump, com quem rompeu relações.
Considerado belicista, Bolton diz que é alvo de um plano de assassinato do Irão entre 2021 e 2022.
Teerão queria, alegadamente, vingar a morte do seu general Qassem Soleimani, morto a 03 de Janeiro de 2020 num ataque com drones no Iraque ordenado pelo Presidente Donald Trump quando ocupou pela primeira vez a Casa Branca (2017-2021).
Bolton, de 76 anos, manifestou-se "desapontado, mas não surpreendido" com a decisão de Trump, recordando na rede social X (antigo Twitter) que a justiça, sob a administração de Joe Biden, indiciou em Agosto de 2022 um iraniano foragido, suspeito de pertencer à Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica.
E ainda de ter patrocinado um plano de assassinato por "tentar recrutar um assassino para o matar"
Desde Setembro que o governo norte-americano oferece até 20 milhões de dólares (1 USD equivale a 912.00) por informações que levem à detenção do homem, Shahram Poursafi, também conhecido por Mehdi Rezayi.
De acordo com o republicano Bolton, o democrata Joe Biden prolongou a sua medida de protecção dos Serviços Secretos em Janeiro de 2021, mas Donald Trump retirou-a na segunda-feira e cortou todo o seu acesso a dados de segurança e de inteligência.
Um decreto presidencial acusa-o de ter revelado "informações confidenciais do seu tempo no governo" na Casa Branca, de 2018 a 2019.
"A ameaça mantém-se, como evidenciado pela recente detenção de alguém que tentou organizar o assassinato do Presidente Trump", alertou Bolton, referindo-se aos rumores de um ataque iraniano ao político republicano.
Em Setembro, um paquistanês de 46 anos próximo do Irão, acusado de "terrorismo" por planear o assassinato de uma autoridade norte-americana, declarou-se inocente num tribunal federal.
Asif Merchant é acusado de tentar recrutar assassinos contratados.
O procurador-geral de Joe Biden, Merrick Garland, afastou qualquer ligação à tentativa de assassinato contra Donald Trump num comício na Pensilvânia a 13 de Julho.
No passado dia 14, o Presidente Massoud Pezeshkian voltou a negar os rumores que envolviam o Irão na NBC News. GAR