Washington - Os Estados Unidos vão fornecer à Ucrânia minas anti-pessoais para reforçar a defesa do país contra a invasão lançada pela Rússia, disse um dirigente governamental norte-americano.
Os EUA vai enviar para a Ucrânia minas anti-pessoais não persistentes", equipadas com um dispositivo de auto-destruição ou auto-desactivação, disse à agência de notícias France-Presse, na terça-feira à noite, a mesma fonte, que não foi identificada.
A decisão surgiu horas após fontes do Pentágono terem dito que os Estados Unidos vão enviar para a Ucrânia 275 milhões de dólares (1 USD equivale a Kz 909,0545) em novas armas, antes de Donald Trump tomar posse como Presidente dos Estados Unidos, a 20 de Janeiro de 2025.
A administração de Joe Biden está a apressar-se para fazer o máximo que puder para ajudar Ucrânia a combater a Rússia nos dois meses que restam ao actual Presidente norte-americano, pois o pacote de ajuda está ainda por aprovar.
A última parcela de ajuda em armamento surge num momento em que crescem as preocupações sobre uma escalada no conflito, com ambos os lados a pressionar para obter qualquer vantagem que possam explorar se Trump exigir um fim rápido para a guerra, tal como o Presidente eleito prometeu fazer.
Na segunda-feira, Joe Biden autorizou a Ucrânia a disparar mísseis de longo alcance na Rússia, com o Presidente russo, Vladimir Putin, a aumentar a parada e a decretar a possibilidade de o exército da Rússia utilizar armas nucleares.
As autoridades norte-americanas afirmaram que a mudança de estratégia da Rússia na doutrina nuclear era esperada.
No entanto, Moscovo alertou terça-feira que o novo uso do Sistema de Mísseis Tácticos do Exército, conhecido como ATACMS, pela Ucrânia, dentro da Rússia poderá desencadear uma resposta forte.
Sob anonimato, fonte norte-americana, citada pela agência noticiosa Associated Press, disse que os Estados Unidos não vêem indicações de que a Rússia se esteja a preparar para usar armas nucleares na Ucrânia.
As autoridades norte-americanas falaram sob condição de anonimato porque o pacote de ajuda ainda não foi tornado público.
Questionado terça-feira se um ataque ucraniano com mísseis norte-americanos de longo alcance poderia potencialmente desencadear o uso de armas nucleares, o porta-voz da Presidência da Rússia, Dmitry Peskov, respondeu afirmativamente.
Peskov apontou para a disposição da doutrina que mantém a porta aberta após um ataque convencional que levanta ameaças críticas à "soberania e integridade territorial" da Rússia e da sua aliada Bielorrússia.
Uma autoridade dos EUA, que também não quis ser identificada, disse que a Ucrânia disparou na terça-feira oito mísseis ATACMS contra a Rússia e que apenas dois foram interceptados, estando em curso uma avaliação aos danos provocados num armazém de munições em Karachev, na região de Bryans NATO realiza maior exercício de artilharia da Europa na Finlândia
Cerca de 3.600 militares de 28 países da NATO participam esta semana no maior exercício de artilharia alguma vez realizado na Europa e que decorre na Lapónia finlandesa, a apenas 200 quilómetros da fronteira com a Rússia. CQ/GAR