Washington - O presidente dos EUA, Joe Biden, deve anunciar, esta quarta-feira, 2,9 mil milhões de dólares (aproximadamente o mesmo valor em euros) em nova ajuda à Assembleia Geral das Nações Unidas, para combater a insegurança alimentar no mundo, segundo comunicado da Casa Branca.
Washington já este ano tinha prometido um montante de 6,9 mil milhões de dólares para combater a fome no mundo, reforçando agora a ajuda, perante as consequências da guerra na Ucrânia, que aumentaram a dificuldade no acesso a alimentos, em particular a cereais.
O novo pacote de ajuda será dividido da seguinte forma: 2 mil milhões para intervenções humanitárias de emergência, 783 milhões para projectos de desenvolvimento de longo prazo, e uma contribuição de 150 milhões para o "Programa Global de Agricultura e Segurança Alimentar", uma plataforma internacional lançada ao nível do G20, após a grande crise financeira e económica de 2008.
"O impacto cumulativo da pandemia, o agravamento da crise climática, o aumento dos custos de energia e fertilizantes e o conflito prolongado - incluindo a invasão da Ucrânia pela Rússia - interromperam as cadeias globais de fornecimento de alimentos e aumentaram acentuadamente os preços globais dos alimentos", explicou o Governo dos EUA, pouco antes de Joe Biden intervir no debate anual da Assembleia Geral da ONU.
A Casa Branca argumenta que este novo pacote de ajuda "salvará vidas através de intervenções de emergência e investirá a médio e longo prazo na assistência à segurança alimentar".
Vários líderes mundiais, que se encontram reunidos em Nova Iorque para a Assembleia Geral da ONU, pediram na terça-feira o aumento dos esforços contra a crescente insegurança alimentar no planeta.
Num comunicado conjunto, Estados Unidos, a União Europeia, União Africana, Colômbia, Nigéria e Indonésia afirmaram o seu "compromisso em agir com urgência, escala e concertação para satisfazer as necessidades alimentares urgentes de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo".