Washington – O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não planeia divulgar o mandado que levou às buscas na sua propriedade imobiliária em Mar-a-Lago na segunda-feira, apesar de o juiz estar a avaliar uma moção para tornar público o documento.
"Não, não vamos divulgar uma cópia do mandado", apontou uma fonte próxima do ex-presidente.
Apesar disso, o documento pode mesmo ser tornado público. O juiz, Bruce Reinhart, que autorizou as buscas, deu o prazo de até às 17h00 de dia 15 de Agosto para responder a um pedido para abrir os registos do grupo conservador de transparência Judicial Watch.
Na moção apresentada ontem, dia 10 de Agosto, em tribunal, a fundação Judicial Watch apontou que "o público tem um interesse urgente e substancial em entender o que levou à execução do mandado de busca sem precedentes na residência privada de um ex-presidente”.
Recorde-se que Donald Trump afirmou que a polícia federal (FBI, na sigla em inglês) estava na segunda-feira a fazer buscas na sua propriedade imobiliária em Mar-a-Lago e descreveu a acção como uma "caça às bruxas".
De referir que o Departamento de Justiça pouco disse publicamente sobre as circunstâncias que levaram às buscas havendo apenas a suspeita de que se tratará de um esforço para recuperar registos presidenciais que podem conter informações confidenciais.
O Departamento de Justiça tem estado a investigar a descoberta de caixas com informação classificada que foram levadas para Mar-a-Lago depois de terminada a presidência Trump. Não está claro se a busca do FBI está relacionada com este assunto.
Uma investigação separada relacionada com os esforços dos aliados de Trump para anular os resultados das eleições presidenciais de 2020 e o assalto ao Congresso, em 6 de Janeiro de 2021, também se está a intensificar em Washington.