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EUA sancionam aliados de Maduro por alegada repressão pós-eleitoral

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  • Luanda • Terça, 03 Dezembro de 2024 | 10h12
Bandeira dos EUA
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Divulgação

Washington - Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram hoje novas sanções a mais 21 aliados do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusando-os de responsabilidade por parte da repressão às manifestações no seguimento das eleições presidenciais de Julho.

As sanções visam altos funcionários venezuelanos, incluindo 14 chefes de serviços de segurança próximos do Presidente, como o director do Serviço de Inteligência (SEBIN), Alexis Rodriguez Cabelo, e dez oficiais superiores da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), força militar responsável pela ordem pública e que participou na repressão de manifestações, afirmou o Tesouro dos EUA em comunicado, citado pela Lusa.

 Na lista de sancionados estão ainda incluídos o director da agência correccional do país e o ministro do Gabinete da Presidência.

Estes juntam-se a uma lista de dezenas de venezuelanos sancionados, incluindo a presidente do Tribunal Supremo do país, ministros e procuradores.

Nicolás Maduro teve uma contestada vitória nas eleições presidenciais de 28 de Julho, atribuída pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com pouco mais de 51% dos votos, ao passo que a oposição afirma que o opositor Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

A administração do actual Presidente norte-americano, Joe Biden, reconheceu na semana passada o candidato da oposição venezuelana como o "Presidente eleito" da nação.

Os EUA impuseram ainda restrições de visto a outros indivíduos acusados de reprimir os venezuelanos após as eleições.

Embora Maduro tenha declarado a vitória, o Presidente e o seu Governo recusaram-se a revelar os resultados da contagem dos votos que suportam a sua afirmação.

González deixou a Venezuela em Setembro para se exilar em Espanha, após a emissão do seu mandado de detenção, no âmbito de uma investigação sobre a publicação de contagens de votos.

Em Setembro, o Governo norte-americano impôs sanções contra 16 aliados de Maduro, acusando-os de obstruírem a votação e de cometerem abusos dos direitos humanos.

Os legisladores venezuelanos continuaram na terça-feira o debate sobre um projecto de lei que catalogaria as sanções económicas norte-americanas como um crime contra a humanidade, o que permitiria a acusação de qualquer pessoa que manifestasse apoio às medidas. AM

 





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