Bagdad - O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reafirmou hoje o compromisso dos Estados Unidos da América (EUA) com a segurança do Iraque, durante uma visita não anunciada a Bagdad com o propósito de analisar a situação na vizinha Síria, noticiou o site Notícias ao Minuto.
O chefe da diplomacia norte-americana que iniciou esta semana uma nova ronda de contactos na região que começou na Jordânia e passou igualmente pela Turquia voou da capital turca, Ancara, para a capital iraquiana, onde manteve conversações com o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Chia al-Soudani, com o intuito de procurar uma abordagem para a nova situação política na Síria, após a queda do regimento de Bashar al-Assad.
No final destas conversações, Blinken reafirmou o compromisso de Washington "de trabalhar com o Iraque na segurança e de trabalhar sempre pela soberania do país", a fim de garantir que "esteja fortalecido e protegido".
Blinken prometeu ainda que os EUA que mantêm cerca de 2.500 soldados no Iraque e 900 na Síria vão trabalhar para evitar qualquer ressurgimento do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) na região.
Tanto o Iraque como a Síria sofreram com a insurgência do EI, que há 10 anos estabeleceu um autoproclamado califado que se estendeu aos dois lados da fronteira partilhada.
O Iraque, cuja missão diplomática em Damasco já retomou a sua actividade, prometeu estar empenhado em impedir a propagação de conflitos a partir da Síria.
A actual administração norte-americana democrata liderada pelo Presidente Joe Biden tinha concordado com o Iraque em pôr fim à presença militar da coligação internacional (liderada pelos EUA) até Setembro de 2025, mas sem adiantar o que aconteceria às tropas norte-americanas, cuja presença é contestada por grupos armados xiitas iraquianos próximos do Irão.
Com a tomada de posse do Presidente eleito, o republicano Donald Trump, no próximo mês de Janeiro, não fica claro se os EUA irão renegar este acordo ou mudar de táctica à luz dos últimos acontecimentos na Síria. AM