Washington - O Departamento de Defesa dos Estados Unidos reconheceu que a presença de tropas norte-coreanas na região russa de Kursk (oeste), palco de uma ofensiva ucraniana desde Agosto de 2024, torna a luta "muito mais difícil" para Ucrânia.
"A Rússia conseguiu trazer 12 mil soldados norte-coreanos para o campo de batalha. É certamente um número significativo. Torna, sem dúvida, muito mais difícil a luta dos ucranianos. Mas, mais uma vez, os ucranianos continuam a lutar e a fazer tudo o que podem", afirmou, na segunda-feira, o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, segundo a Lusa.
Questionado sobre se tem indicação de que foi enviado um novo destacamento de soldados norte-coreanos para território russo, o porta-voz negou-o, salientando embora que o Departamento de Defesa está "a acompanhar de perto" o assunto.
Também na segunda-feira, os serviços secretos sul-coreanos indicaram que cerca de 300 soldados norte-coreanos enviados por Pyongyang para apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia, foram mortos.
Afirmaram ainda que a Coreia do Norte pressiona os seus próprios soldados a suicidarem-se antes de serem capturados por Kiev.
Neste sentido, as Forças Armadas ucranianas declararam que entraram em confronto, nos últimos dias, com um grupo de soldados norte-coreanos que combatiam do lado russo, em Kursk (na fronteira com Ucrânia), e que um deles se fez explodir com uma granada para evitar ser capturado.
A incursão ucraniana em Kursk foi lançada no início de Agosto, numa mudança estratégica por parte de Ucrânia desde que o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou, em Fevereiro de 2022, a invasão do país vizinho. GAR