Um tribunal norte-americano ordenou hoje ao Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos que autorize os seus recrutas sikh a usar barbas e turbantes, rejeitando o argumento da unidade de elite de que era prejudicial à coesão do grupo.
O Exército, Marinha, Força Aérea e Guarda Costeira dos EUA já permitem aos sikhs juntarem-se às suas fileiras, respeitando as regras desta religião monoteísta, que surgiu no século XVI no noroeste da Índia e proíbe os homens de cortarem o cabelo ou a barba e obriga-os a usar turbantes.
Mas o Corpo de Fuzileiros Navais, em resposta a três sikhs que tentaram alistar-se no ano passado, recusou-se a conceder isenções das regras durante os seus períodos de formação e combate potencial - embora os três candidatos pudessem manter as suas barbas e turbantes noutras alturas.
O comando tinha argumentado que os recrutas deveriam ser "privados da sua individualidade" como parte de uma "transformação psicológica", dizia a decisão.
Este argumento foi refutado por um tribunal de recurso de Washington, que decidiu que os Marines não tinham demonstrado que uma barba e um turbante teriam qualquer efeito sobre a segurança ou a boa condução da formação.