Washington - O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, garantiram terça-feira que os seus países vão assegurar que o acordo de cessar-fogo no Líbano seja "implementado na totalidade", noticiou o site Notícias ao Minuto.
"Os Estados Unidos e a França vão trabalhar com Israel e o Líbano para garantir que este acordo é totalmente implementado e aplicado", sublinharam os dois chefes de Estado, numa declaração conjunta.
"(Os governantes) continuam determinados a garantir que este conflito não provoque um novo ciclo de violência", pode ler-se, na mesma nota.
Joe Biden e Emmanuel Macron garantiram também que este acordo "protegerá Israel da ameaça representada pelo Hezbollah e outras organizações terroristas que operam a partir do Líbano".
Os dois governantes comprometerem-se a trabalhar para reforçar as "capacidades" do Exército libanês e a recuperação da economia do país.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou, por sua vez, o cessar-fogo "uma notícia muito animadora", para o povo libanês e israelita afectado pelos combates.
"O Líbano terá a oportunidade de aumentar a segurança e a estabilidade internas graças à reduzida influência do Hezbollah", acrescentou, numa nota na rede social X.
Já o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, destacou que o acordo para um cessar-fogo é um alívio para a "situação devastadora no Médio Oriente", elogiando a França e os EUA pela sua mediação.
"É agora crucial que o cessar-fogo seja válido, para garantir a segurança dos cidadãos (...), e o regresso dos deslocados internos. Uma implementação completa da Resolução 1701 do CSNU é indispensável", frisou.
Borrell instou também os dirigentes libaneses a assumirem "a sua responsabilidade política, elegendo um Presidente".
"Os libaneses têm o direito de recuperar a plena soberania nos assuntos do país, sem interferências externas", concluiu, através da sua conta no X.
O gabinete de segurança de Israel aprovou hoje o acordo de cessar-fogo no Líbano, onde Israel luta contra o movimento xiita pró-iraniano Hezbollah, revelou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Netanyahu falou ao telefone com o presidente norte-americano, Joe Biden, e agradeceu-lhe "pelo seu envolvimento" na conclusão deste acordo, acrescentou o gabinete do primeiro-ministro israelita.
O acordo não afecta a guerra de Israel contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, que não mostra sinais de terminar.
Os Estados Unidos, a União Europeia (UE), a ONU e o G7 (grupos dos sete países mais industrializados do mundo) exerceram todos pressão para o fim das hostilidades entre Israel e o grupo armado libanês apoiado pelo Irão: mais de um ano de fogo cruzado transfronteiriço e dois meses de guerra aberta no Líbano.CS