Washington - A Casa Branca atribuiu a tomada da cidade síria de Aleppo por grupos rebeldes à dependência do regime de Bashar al-Assad da Rússia e do Irão, noticiou o site Noticias ao Minuto.
"A recusa persistente do regime de Assad em se envolver no processo político e a sua dependência da Rússia e do Irão criaram as condições para os acontecimentos actuais, incluindo o colapso das linhas controladas pelo regime de Assad no noroeste da Síria", disse no sábado o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Sean Savett, num comunicado.
Uma coligação de grupos rebeldes dominados por islamistas capturou a maior parte de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria e o seu aeroporto, numa ofensiva relâmpago que deixou mais de 320 mortos, afirmou no sábado uma organização não-governamental.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), que tem uma vasta rede de fontes no país devastado pela guerra, relatou ataques aéreos das forças russas.
Aliadas do regime sírio, em Aleppo no sábado, antes do amanhecer, os primeiros desde 2016, ano durante o qual o regime de Assad recuperou o controlo do norte da cidade com a ajuda da Rússia.
À tarde, um ataque aéreo teve como alvo "veículos civis" num sector de Aleppo tomado pelos rebeldes, matando 16 civis, disse o OSDH, que atribuiu a incursão à Rússia.
Um fotógrafo da AFP que estava no local viu carros calcinados, corpos na estrada e outro dentro de um carro.
São os primeiros confrontos desta magnitude em vários anos na Síria, onde uma guerra devastadora eclodiu em 2011, opondo o regime do Presidente Bashar al-Assad a forças rebeldes.
O dirigente sírio afirmou que o país vai conseguir "derrotar os terroristas".
A Síria continua a defender a sua estabilidade e integridade territorial contra todos os terroristas e os seus apoiantes, e é capaz, com a ajuda dos seus aliados e amigos, de derrotá-los e eliminá-los, independentemente da intensidade dos seus ataques", disse numa chamada telefónica com o seu homólogo dos Emirados, segundo um comunicado da Presidência. CQ/GAR