Washington - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, descartou domingo, 20, o facto da utilização pela Rússia, de mísseis hipersónicos na invasão da Ucrânia ser um “ponto de viragem” no conflito.
“Não vejo isso como um ponto de viragem. Acho que a Rússia os usa para ganhar impulso. Também não acho que isso mude as regras do jogo”, diz Austin, em entrevista à cadeia de televisão americana CBS, noticia a agência espanhola EFE.
O chefe do Pentágono alerta que, se a Rússia vier a usar armas químicas ou biológicas na Ucrânia, isso será “um passo muito sério” e receberia “uma forte resposta dos Estados Unidos e da comunidade internacional”.
Lloyd Austin insiste que a retórica nuclear de Moscovo “é muito perigosa”, mas manifestou-se “confiante na capacidade de defesa” dos Estados Unidos e dos seus aliados.
O Kremlin confirmou domingo a utilização de mísseis hipersónicos Kinzhal para destruir “um grande armazém de combustível”, na cidade de Konstantinovka, no sul da Ucrânia.
É o segundo caso confirmado pelas autoridades russas de utilização daquele armamento na Ucrânia e no mundo, sendo que até agora aqueles mísseis, de alta precisão, com alcance de mais de dois mil quilómetros e uma velocidade dez vezes maior que a do som, apenas tinham sido usados em testes militares.
Uma das principais características da arma é a possibilidade de ser sempre manobrada, durante a sua trajectória, o que torna extremamente difícil a sua intercepção.