Madrid - O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou hoje, quarta-feira, uma redução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) da electricidade de 10% para 5%, noticia o El País.
Segundo o El País, o anúncio surgiu em resposta ao porta-voz da Esquerda Republicana da Catalunha, depois de este exigir medidas para proteger as famílias.
De acordo com Sánchez, esta redução do IVA será aprovada num Conselho de Ministros extraordinário, que irá decorrer no sábado, e que foi convocado para adiantar a aprovação de medidas contra a inflação e outras consequências geradas pela guerra na Ucrânia.
Recorde-se que foi em Dezembro do ano passado que o governo espanhol decidiu prolongar uma redução do IVA da electricidade de 21% para 10%, medida que tinha sido adoptada em Junho do mesmo ano, para aliviar os consumidores.
Além de ter baixado o IVA, em Junho de 2021, o Governo espanhol acabou com o imposto sobre a geração de electricidade (que era de 7%) e baixou o designado imposto especial de 5,1% para 0,5%, o mínimo permitido pela legislação europeia.
Sánchez já havia anunciado em 01 de Junho deste ano que o Governo espanhol iria prolongar por três meses, até final de Setembro, as medidas de resposta aos impactos da guerra na Ucrânia na economia, que incluem descontos nos combustíveis e na electricidade.
As medidas para responder à crise gerada pela invasão russa a Ucrânia, em 24 de Fevereiro, foram adoptadas inicialmente até 30 de Junho.
No início do mês, Sánchez afirmou que "a protecção das famílias e das empresas" espanholas vai continuar com medidas que estão em vigor, entre as quais, destacou o desconto de 20 cêntimos por cada litro de combustível.
O alargamento a milhões de famílias de subsídios sociais e a redução em 60% do imposto na factura da electricidade, são entre medidas a tomar.
O Governo espanhol aprovou ainda em 29 de Março um "plano de resposta" ao impacto económico da guerra na Ucrânia, num montante de 16 mil milhões de euros, dos quais seis mil milhões correspondem a ajudas directas.
Entre as medidas do plano, em vigor até ao final deste mês, estão descontos nos combustíveis, a limitação dos aumentos de preços nos contratos de arrendamento de habitação a 2% e o aumento de 15% do rendimento mínimo garantido às famílias mais vulneráveis.
Quanto às medidas de apoio às empresas, o plano inclui uma nova linha de garantias de crédito no valor de 10 mil milhões de euros para cobrir necessidades de liquidez.
Há ainda um pacote de ajudas directas de 362 milhões de euros para o sector agrícola e pecuário e outro de cerca de 68 milhões para o sector das pescas.