Madrid - As eleições legislativas espanholas, marcadas para Dezembro deste ano, foram antecipadas para 23 de Julho pelo primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, que anunciou hoje a dissolução do parlamento, na sequência da derrota dos socialistas nos pleitos regionais e municipais de domingo.
As eleições legislativas espanholas estavam previstas para dentro de seis meses, em Dezembro, mas hoje Sánchez disse que tomou a decisão de antecipar o calendário face aos resultados do final de semana.
Os partidos políticos espanhóis têm até dia 09 de Junho para formar coligações e devem apresentar até 19 de desse mesmo mês as listas de candidatos para as eleições gerais antecipadas de 23 de Julho.
O calendário oficial das eleições gerais de 23 de Julho será divulgado na terça-feira, iniciando o período eleitoral, o que implica a proibição de realização de cerimónias de tomada de posse e a autorização para a divulgação de propaganda institucional.
No domingo, o mapa regional e autárquico de Espanha deixou de ser dominado pelos socialistas com as eleições regionais e locais, que o PP ganhou, reivindicando o início de um "novo ciclo político" no país.
O PSOE liderava os executivos regionais de nove das 12 regiões autónomas que tiveram eleições no domingo e perdeu mais de metade, conservando apenas quatro: Astúrias, Canárias, Castela La Mancha e Navarra.
Já o PP, que só governava duas das regiões que no domingo foram a votos (Madrid e Múrcia), poderá ficar a liderar oito, a que se juntam Andaluzia e Castela e Leão, que anteciparam para 2022 as eleições e que o Partido Popular também ganhou.
Em 23 de Julho, mais de 36 milhões de espanhóis serão chamados às urnas.
Cinco dias depois serão constituídos os grupos parlamentares e, com isso, será marcada a data para a ronda de consultas no Palácio da Zarzuela, para que o Rei possa ouvir os líderes dos partidos para confiar a investidura aos que tiverem o maior número de lugares.MOY/DSC