Divergências sobre a guerra dificultam aprovação de comunicado do G20

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  • Luanda • Sábado, 25 Fevereiro de 2023 | 14h47

Nova Delhi - A guerra na Ucrânia está a impedir os ministros das Finanças do G20 de aprovarem uma declaração conjunta na reunião que termina hoje na Índia, disse a ministra espanhola Nadia Calviño.

"As conversações para um acordo comum do G20 estão a tornar-se mais difíceis do que em reuniões anteriores, porque à medida que a guerra continua, algumas destas posições estão talvez a ser menos construtivas nestas questões", disse Calviño em Bangalore, Índia, citada pela agência espanhola Europa Press.

A vice-presidente do Governo e ministra dos Assuntos Económicos não identificou que país ou países estão a impedir a aprovação do comunicado conjunto, mas fontes concordantes disseram à agência francesa AFP que se trata da China.
Uma das fontes, que falou à AFP na condição de não ser identificada, disse que "a China não quer condenar a guerra" da Rússia contra a Ucrânia.


Outras fontes disseram que a China quer atenuar a linguagem sobre a Ucrânia.


Os ministros das finanças e os governadores dos bancos centrais das maiores economias do mundo realizam hoje a sua última reunião antes de apresentarem o acordo adoptado em Bangalore, no sul da Índia.


O G20 é presidido actualmente pela Índia, que sucedeu à Indonésia na liderança rotativa do grupo.


Em Novembro, durante uma cimeira do G20 na ilha indonésia de Bali, a declaração final referia que "a maior parte dos [países] membros condenou com firmeza a guerra" contra a Ucrânia.

O ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, disse na sexta-feira que qualquer formulação mais moderada na Índia seria "inaceitável para a Alemanha".


Lindner foi apoiado nesta posição pelo seu homólogo francês, Bruno Le Maire.


"Vamos opor-nos a qualquer recuo no comunicado conjunto, em comparação com a declaração feita em Bali sobre a guerra na Ucrânia", disse Le Maire, citado pela AFP.


A Índia, que preside actualmente ao G20 e tem laços de longa data com a Rússia, não condenou a intervenção militar de Moscovo.


Sobre a reunião, Calviño disse à Europa Press que existe um amplo consenso de que a gestão e o alívio da dívida pode ser um instrumento importante para prestar apoio financeiro aos países mais vulneráveis.


A ministra espanhola manifestou a sua esperança de que a guerra na Ucrânia "termine o mais depressa possível para que a economia mundial possa regressar ao caminho de uma forte recuperação ou de um forte crescimento" em que estava após a pandemia de covid-19.


A guerra contra a Ucrânia é "o principal elemento de incerteza e preocupação a nível mundial, com uma longa duração e um amplo impacto em todo o mundo", afirmou.


O G20 inclui também países como Rússia, Estados Unidos, Japão, África do Sul, Brasil, Turquia, Itália, Reino Unido ou Austrália.



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