Luanda – O embaixador de Israel em Angola, Shimon Solomon, considerou na terça-feira, em Luanda, um paradoxo a posição do Tribunal Penal Internacional (TPI) ao emitir mandados de captura contra o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da defesa , Yoav Gallant, respectivamente.
Falando num encontro com a imprensa angolana na sua residência oficial, Shimon Solomon, disse que o TPI criou uma incoerência entre as leis e as decisões, acrescentando que o tribunal com esta posição “esteja a perder a legitimidade e o seu devido lugar na guerra no Médio Oriente”.
Recentemente o TPI emitiu mandados de captura contra o Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da defesa israelkita, Yoav Gallant”.
De acordo com o diplomata, esta decisão é puramente política, uma vez que muitos juizes do TPI são árabes, e tomam posições contra o seu país (Israel) o que pode criar mais problemas no Médio Oriente, em vez da tão desejada. paz
Disse que o seu país não é membro do TPI, e o que esta a acontecer no Médio Oriente, concretamente na Faixa de Gaza e agora no Líbano, é fruto do ataque perpetrado a 07 de Outubro contra cidadãos do seu país pelo grupo Hamas.
Esse conflito, acrescentou, está a estender-se ao Médio Oriente com participação de outros grupos como Hezbollah e os hutis.
Segundo Shimon Solomon, a decisão tomada é política e um julgamento deve ser baseado em evidências e provas e não meramente em questões politica.
Deu a conhecer que Israel não assinou os acordos do TPI e não é membro dessa instância e, por isso, não pode ser julgado pela mesma.
O diplomata referiu ainda que Israel tem lutado contra o terrorismo, uma prática que acontece um pouco por todo mundo.
Disse que Israel está também interessado num cessar-fogo que pode ser assinado brevemente e que trará paz no Médio Oriente.
Por sua vez, o primeiro secretário da embaixada de Israel, Gil Bachar disse que o seu país tem permitido a entrada de ajuda humanitária vinda de vários países para a Faixa de Gaza
Informou que mais de 57 mil camiões com bens e produtos entraram e outros foram proibidos por conter material que podiam ser usados contra Israel.
“Não há limite de ajuda para entrar em Gaza e estamos a trabalhar com o Programa Alimentar Mundial (PAM) mas o Hamas tem complicado a entrega com ameaças de prisões, raptos e mortes aos motoristas que levam os carros e isso tem tornado o processo muito difícil”, frisou.
Acrescentou que, desde o início da guerra até ao momento, Israel já recebeu e entregou mais de um milhão de toneladas de alimentos e outros produtos à população em Gaza , incluindo vacinas”.
A guerra entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza iniciou a 07 de Outubro de 2023 e já causou mais de 43 mil mortes.MOY/CS