Madrid - Oito tripulantes de nacionalidade brasileira foram detidos pelas autoridades espanholas, depois de ter sido interceptado um barco de pesca sem bandeira ou identificação com 560 quilogramas de cocaína no Atlântico.
A operação, denominada "Brasil Branco", culminou sexta-feira com o embarque do navio, uma embarcação de pesca de 19 metros de cumprimento convertida para o transporte ilícito de estupefacientes, cerca de 500 quilómetros a sul das Ilhas Canárias para a sua posterior transferência para o porto de Las Palmas de Gran Canaria, onde chegou terça-feira, segundo o Ministério do Interior, citado pela Lusa.
A investigação que deu origem a este esconderijo de meia tonelada de cocaína, dirigida pela Procuradoria Antidrogas do Tribunal Superior Nacional, começou com a troca de informações entre os centros de Análise e Operações do Atlântico (MAOC-N) e o de Inteligência Contra o Terrorismo e o Crime Organizado (CITCO), que determinarão a existência de um barco suspeito que podia transportar drogas da América do Sul para a Europa.
A partir desse momento, a Guarda Civil, em coordenação com a Autoridade Tributária e a Brigada Central de Estupefacientes da Polícia Nacional, desdobrou os meios necessários para localizar o barco e, se possível, abordá-lo, tal como foi feito com o navio de Vigilância Aduaneira Petrel 2.
Os órgãos responsáveis pela operação destacam a complexidade da intercepção do navio, uma vez que havia muito pouca informação sobre a sua localização e as condições de navegação do embarque eram complexas, na altura, devido a uma tempestade nos Açores.
Durante a intervenção foi encontrado um número significativo de pacotes dos habitualmente utilizados para o tráfico de cocaína e os oito tripulantes do barco de pesca foram detidos.
O barco de pesca foi rebocado para o porto de Las Palmas de Gran Canaria.
Tanto os detidos, como a embarcação, a droga e os processos policiais vão ser colocados à disposição do Tribunal Central de Instrução que actua como Guarda do Tribunal Nacional.