Nações Unidas – Um estudo actualizado de danos e necessidades, divulgado terça-feira pelas Nações Unidas, Banco Mundial, Comissão Europeia e Governo da Ucrânia, estima que serão necessários 524 biliões de dólares (1 dólar equivale a Kz 915,50), na próxima década, para reconstruir todas as infra-estruturas arrasadas pela guerra na Ucrânia.

A avaliação de danos cobre o período de 24 de Fevereiro de 2022 a 31 de Dezembro de 2024 e indica que 13% de total de moradias do país foi danificado ou destruído, afectando mais de 2,5 milhões de lares.

De acordo com o estudo, o valor é 2,8 vezes maior do que o Produto Interno Bruto, PIB, ucraniano de 2024.

Da avaliação feita, concluiu-se que os sectores da Habitação, transporte, energia, comércio e educação foram os mais afectados pela guerra na Ucrânia.

Entretanto, o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, ressaltou a importância do levantamento e disse que, no ano passado, as necessidades de recuperação continuaram a crescer devido aos ataques da Rússia.

Para 2025, com apoio de doadores, o Governo da Ucrânia já alocou 7,37 biliões de dólares para áreas prioritárias como habitação, educação, saúde, protecção social, energia, transporte, abastecimento de água, desminagem e protecção civil.

Lembrou que ainda existe uma lacuna de 9,96 biliões de dólares para outras necessidades de recuperação e reconstrução.

Além disso, no sector de energia houve um aumento de 70% nos activos danificados ou destruídos desde Fevereiro do ano passado. Os alvos atingidos incluem unidades de geração de energia, transmissão, infra-estrutura de distribuição e aquecimento urbano.

As regiões mais próximas da linha de frente da guerra sofreram cerca de 72% do dano total.

Os três sectores com maior demanda por financiamento para reconstrução e recuperação são o habitacional, seguido pelo de transportes e o de energia, com necessidades de 84 biliões de dólares, 78 biliões de dólares e 68 biliões de dólares, respectivamente.

De acordo com dados do Governo, em 2024, pelo menos 1,2 bilião de dólares foram investidos pelo Estado e doadores para a recuperação do sector habitacional. Mais de 2 mil quilómetros de reparos emergenciais foram realizados em estradas nacionais. JM