Luanda - A comunidade cubana em Angola celebrou, de forma antecipada, nesta quarta-feira, o Dia da Cultura Nacional, que se assinala no próximo 20 de Outubro.
O acto para comemorar a Festa da Cubania decorreu numa das unidades hoteleiras da capital angolana, Luanda, presidido pelo agregado de Imprensa e Cultura da Embaixada de Cuba em Angola, Jorge Trujillo.
Na ocasião, Jorge Trujillo afirmou que o evento é uma jornada propícia para destacar a preservação de valores e a ética, que abrange a criação artística e literária, e constitui uma via para expressar o progresso do ponto de vista individual e colectivo.
O diplomata lembrou que, a 20 de Outubro de 1868, os patriotas que tomaram a então Vila de San Salvador de Bayamo, no começo da guerra pela independência, entoaram pela primeira vez “La Bayamesa”, que viria a tornar-se Hino Nacional.
“É justamente o surgimento desta peça musical e literária que tem sido a base para declarar a celebração do Dia da Cultura Cubana”, frisou.
Juntaram-se à comemoração da efeméride o vice-presidente da Associação de ex-Estudantes Angolanos em Cuba (Caimaneros), José Alvaro, bem como outros angolanos amigos de Cuba, cubanos residentes no pais e profissionais da nação caribenha que trabalham em Angola, entre outros convidados.
Durante o evento, a afro-descendência e a cubania foram igualmente agraciados com a presença do declamador angolano Leandro Paquete que recitou o poema “Tengo”, do poeta cubano Nicolás Guillén.
A festa contou igualmente com a intervenção do músico Enrique Cupull, que interpretou dois cânticos do cancioneiro cubano, e com a exposição de um quadro do artista plástico cubano residente em Angola, Yasiel Palomino.
A data foi instituída em homenagem a um dos acontecimentos mais relevantes da história do país, a entoação pela primeira vez do Hino Nacional Cubano, La Bayamesa, como foi chamado pelo povo quando as tropas Mambisas sob o comando de Carlos Manuel de Céspedes libertaram a cidade de Bayamo.
Na narrativa corrente, não foi apenas mais um motim que ficou popularmente conhecido como Grito de Yara, quando há muito que o povo cubano já não se sentia espanhol ou africano.
Diz-se que foi igualmente uma batalha em busca da independência, mas também para afirmar a já estabelecida cultura cubana cujo património incluía costumes, canções e arte.
KS/IZ