Havana - O povo cubano votou “sim” esta segunda-feira para aprovar um novo “Código das Famílias”, que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a adopção de crianças por casais de pessoas do mesmo sexo, barrigas de aluguer e mais direitos para pais adoptivos e não-biológicos.
O referendo foi a votos esta segunda-feira e, segundo os dados divulgados pela presidência cubana no Twitter, o “Sim” obteve uma maioria clara, com 66,87% dos votos (3.936.790).
Os resultados oficiais divulgados pelo governo dão 33,13% ao “Não”, o que equivale a 1.950.090 votos.
A votação implica a revisão do Código Familiar de 1975 e simboliza uma mudança histórica no país, que durante anos criminalizou a homossexualidade e chegou a enviar pessoas LGBTQ+ para campos de concentração.
Antes de votar, o presidente do país, Miguel Diaz-Canel, disse, citado pela France24, que o novo código "é uma norma justa, necessária, actualizada e moderna que dá direitos e garantias a todas as pessoas, em toda a diversidade de famílias e de credos".
No total, votaram mais de 6,2 milhões de pessoas, cerca de 74,01% do eleitorado, o que demonstra um aumento na abstenção relativamente às últimas eleições nacionais – onde a taxa de abstenção costuma ser mais reduzida, e a presença de eleitores nas urnas relativamente ao número de eleitores registados supera regularmente os 80%.