Lisboa - A ministra portuguesa da Defesa, Helena Carreiras, garantiu esta terça-feira que o apoio de Portugal à Ucrânia na guerra causada pela invasão russa “não será afectado” durante o período do Governo de gestão, antes das eleições de Março próximo.
A governante disse haver “um grande consenso nacional” sobre a ajuda de Portugal à Ucrânia e que, de uma forma geral, “concordamos que é algo que tem de ser feito".
Helena Carreiras foi questionada sobre eventuais impactos de um Governo de gestão nos compromissos portugueses relativamente ao apoio à Ucrânia, pouco depois de participar numa reunião dos ministros da Defesa da União Europeia (EU).
Disse que reafirmou nesse encontro o compromisso luso de apoio à Ucrânia, dando conta “daquilo que estamos a fazer e que vai sendo informado e disponibilizado na nossa página.
Falando em declarações aos jornalistas portugueses, em Bruxelas, a ministra acrescentou que também manifestou a permanência de Portugal nas coligações de apoio à Ucrânia e no trabalho na missão Europeia.
“Portanto, a mensagem foi a de uma continuidade do apoio à Ucrânia", enfatizou, anotando que isso mesmo foi solicitado pelo ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, que participou na reunião por videoconferência.
"E, portanto, é um trabalho que vai continuar numa perspectiva de mais longo prazo", adiantou.
Alemanha propõe retirada de tropa russa da Ucrânia
No dia anterior, a Alemanha voltou a lançar um apelo à Rússia para que ordene uma “retirada completa” das suas tropas do solo ucraniano.
Durante a conversa telefónica como o Presidente russo, Vladimir Putin, o chanceler alemão Olaf Scholz pediu que Putin encontre uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia, com base num cessar-fogo, “o mais rapidamente possível”.
No termo da conversa, os dois interlocutores comprometeram-se a “permanecer em contacto”, segundo o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov.
Na ocasião, este último declarou que o presidente russo “está sempre aberto ao diálogo”, mas que este deve ser produtivo.
"O Presidente Putin nunca descarta contactos, uma vez que está sempre aberto a conversações”, disse Peskov citado pela Tass. MOY/IZ