Luanda – O corte de fornecimento de gás à Europa, através da Ucrânia, a partir de do dia 30 deste mês, anunciado pela empresa estatal russa Gazprom, constituiu o principal destaque do noticiário internacional da ANGOP na semana que hoje, sábado, termina.
De acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), a GTSOU (operadora ucraniana de gasodutos) colocou no seu site uma previsão de zero metros cúbicos (m3) de volume de distribuição a partir de quarta-feira, 1 de Janeiro, confirmando assim que vai cortar os fornecimentos à Europa através de uma rota que incluía a Ucrânia.
A decisão marca o fim de um contrato de 2019 entre a Gazprom, a empresa estatal russo de gás, e vários países europeus, incluindo a Eslováquia, Moldávia e Hungria, através de uma rede de gasodutos em solo ucraniano, que continuou a funcionar apesar da invasão da Ucrânia pela Rússia, em Fevereiro de 2022.
Desde a invasão da Ucrânia, em Fevereiro de 2022, a UE reduziu a sua exposição ao gás russo, mas, segundo Christoph Halser, analista da Rystad Energy, este recurso continuará a representar 14% do seu consumo total em 2024, contra 12% no ano passado.
De acordo com o Instituto de Estudos Energéticos de Oxford, as consequências desta interrupção vão incluir uma diminuição acelerada das reservas europeias e uma pressão no sentido da subida dos preços do gás.
De acordo com a plataforma europeia Aggregated Gas Storage Inventory (AGSI), as reservas médias de gás na União Europeia (UE) são de cerca de 73%, muito abaixo dos 86% registados em 2023.
No período em análise, mereceu também realce o anúncio da suspensão de voos para Moscovo até Março próximo, feito pela principal companhia aérea israelita, a El Al, no dia 30, após suspeita de que a defesa aérea russa tenha abatido por engano um avião do Azerbaijão.
Segundo um comunicado da transportadora aérea, "após uma avaliação exaustiva da situação, a El Al suspende todas as operações na rota Telavive-Moscovo até ao final do horário de inverno".
Um avião da Azerbaijan Airlines AZAL caiu no Cazaquistão na quarta-feira, matando 38 das 67 pessoas a bordo.
Entretanto, o Presidente russo, Vladimir Putin, pediu desculpas pelo incidente e admitiu que as defesas aéreas russas estavam a operar em Grozny quando o avião tentou aterrar, antes de se desviar e cair no oeste do Cazaquistão.
Na semana preste a findar, o noticiário internacional da ANGOP destacou igualmente o desejo manifestado pelo Governo da Tailândia em se juntar ao grupo de economias emergentes BRICS como Estado associado a partir de 01 de Janeiro, num ano em que a Rússia preside à organização, mereceu igualmente ênfase no noticiário internacional da ANGOP.
"Esta parceria oferece oportunidades significativas para reforçar os laços com os Estados-membros do BRICS, os mercados emergentes e os países em desenvolvimento com elevado potencial de crescimento", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros tailandês num comunicado.
Na nota, o ministério indicou que este passo foi dado após uma crescente cooperação com o grupo desde 2017 e que representa um compromisso com o multilateralismo, sobretudo entre os países emergentes.
Nos último sete dias, um tribunal de recurso dos EUA confirmou a decisão do júri num processo civil em que o Presidente eleito Donald Trump foi condenado por abusar sexualmente de uma escritora numa loja em meados da década de 1990.
O tribunal de recurso emitiu um parecer escrito sustentando a indemnização de cinco milhões de dólares (1 dólar equivale a Kz 912,00) que o júri de Manhattan concedeu a E. Jean Carroll por difamação e abuso sexual.
A escrita e colunista de revistas testemunhou num julgamento de 2023 que Trump transformou um encontro amigável num ataque sexual, depois de terem entrado no camarim de uma loja, na primavera de 1996. AM/JM