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Coreia do Sul: Investigadores pedem que Yoon seja acusado de insurreição

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  • Luanda • Quinta, 23 Janeiro de 2025 | 09h25
Bandeira da Coreia do Sul
Bandeira da Coreia do Sul
Divulgação

Seul - O gabinete anti-corrupção da Coreia do Sul recomendou hoje ao Ministério Público que o presidente deposto, Yoon Suk-yeol, seja acusado de rebelião e abuso de poder por declarar lei marcial em Dezembro.

O Gabinete de Investigação da Corrupção de Altos Funcionários (CIO) anunciou que transferiu o caso para o Ministério Público que tem o poder de acusar formalmente um chefe de Estado sul-coreano, segundo a Lusa.

O CIO considera que Yoon conspirou com o então ministro da Defesa Nacional, Kim Yong-hyun, e outros oficiais militares para iniciar um motim, declarando lei marcial na noite de 03 de Dezembro.

Defende, além disso, que Yoon abusou do poder ao enviar tropas para a Assembleia Nacional (parlamento), para impedir que os deputados revogassem a lei marcial.

O Ministério Público dispõe agora de 11 dias para decidir se deve ou não dar início ao processo solicitado.

Se Yoon for considerado culpado de liderar uma insurreição, crime para o qual um presidente não tem imunidade no país, pode ser condenado a prisão perpétua ou a pena de morte.

Yoon encontra-se em prisão preventiva no Centro de Detenção de Seul, em Uiwang, a sul de Seul, desde 15 de Janeiro.

O Tribunal Constitucional está a realizar simultaneamente um julgamento para determinar se ratifica ou não a destituição aprovada pelos parlamentares em 14 de Dezembro.

Se o mais alto tribunal da Coreia do Sul confirmar o 'impeachment', têm de ser convocadas eleições presidenciais antecipadas no prazo de 60 dias após a decisão da Justiça.

Yoon, que se recusa a testemunhar na investigação sobre o alegado crime de rebelião, deverá comparecer hoje pela segunda vez no Tribunal Constitucional.

Yoon Suk-yeol surpreendeu o país em 03 de Dezembro ao declarar lei marcial, uma medida que fez lembrar os dias negros da ditadura militar sul-coreana e que justificou com a intenção de proteger o país das "forças comunistas norte-coreanas" e de "eliminar elementos hostis ao Estado".

Pressionado pelos deputados e por milhares de manifestantes, Yoon foi obrigado a revogar a decisão horas depois. GAR





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