Liubliana - O conservador Anza Logar venceu neste domingo a primeira volta das eleições presidenciais na Eslovénia e enfrentará na segunda volta, em 13 de Novembro, a independente Nastasa Picr Musar.
Após a contagem de 99% dos votos, Logar obteve 33% do apoio popular, quase mais oito pontos percentuais que a sua adversária, que foi a segunda candidata mais votada, com 26,8% dos votos, indicou a Comissão Eleitoral Estatal (DVK).
Tanto o eurodeputado social-democrata Milan Brglez, que, com 15,4% se posicionou em terceiro lugar, como os restantes quatro candidatos participantes na corrida presidencial (todos com menos de 10% de votos) ficaram excluídos da segunda volta.
Anunciados os resultados, Logar declarou à imprensa que a sua "confortável vitória" é uma confirmação de que o lema da sua campanha, "Cooperemos pelo futuro", é "aquilo de que a Eslovénia precisa nos próximos cinco anos".
Segundo os observadores políticos, apesar da clara vantagem obtida domingo, é ainda incerto que Logar, próximo do ex-primeiro-ministro Janez Jansa, um populista de direita que passou para a oposição depois de perder as legislativas em Abril, possa voltar a triunfar dentro de três semanas.
E a sua adversária poderá recolher muitos dos votos de Brglez e dos demais candidatos, o que faz prever que a campanha para a segunda volta seja uma clara luta entre o centro-esquerda e a direita.
Por sua vez, o primeiro-ministro, o liberal Robert Golob, cujo Movimento Liberdade apoiou o terceiro classificado, Brglez, comentou que "o mais importante é que o centro-esquerda consiga ocupar o cargo presidencial e, dessa forma, a Eslovénia obtenha um ambiente político estável".
Logar - de 46 anos, economista, deputado e presidente do Conselho do conservador Partido Democrata Esloveno (SDS) de Jansa, está a tentar distanciar-se deste, apresentando-se como "candidato independente".
Jansa foi criticado dentro e fora do país por ter afastado a Eslovénia dos valores democráticos da Europa Ocidental durante o seu Governo. Picr Musar, advogada de 54 anos, ex-jornalista e especialista em matéria de transparência, nunca foi membro de qualquer partido.
Cerca de 1,7 milhões de eleitores eslovenos foram convocados nesse domingo às urnas para eleger o sucessor do actual Presidente, o social-democrata Borut Pahor, que, após cumprir dois mandatos, não pôde, por lei, voltar a candidatar-se ao cargo.
Segundo o escrutínio parcial dos boletins de voto, a participação eleitoral situou-se em 50,8%. De acordo com a legislação eslovena, as funções do Presidente da República são principalmente de representação, não tendo quaisquer poderes executivos.