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Conflitos armados apontados como maior risco global em 2025

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  • Luanda • Quarta, 15 Janeiro de 2025 | 12h31
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Foto Divulgação

Davos - O conflito armado entre Estados é identificado como o risco global mais urgente para 2025, segundo o Global Risks Report, estudo do Fórum Económico Mundial hoje divulgado.

"O conflito armado entre Estados foi identificado como o risco global mais urgente para 2025, com quase um quarto dos inquiridos a classificá-lo como a preocupação mais grave para este ano", lê-se no comunicado.

Por outro lado, "a desinformação e a informação incorrecta mantêm-se entre os principais riscos de curto prazo pelo segundo ano consecutivo, sublinhando a ameaça persistente à coesão social e à governação, ao minar a confiança e ao exacerbar divisões dentro e entre nações".

Nos resultados para Portugal, os maiores riscos estão relacionados com a questão laboral e de falta de talento, seguida da possibilidade de uma queda da economia, insuficiência a nível de serviços públicos e protecção social, pobreza, desigualdade e dívida pública.

Globalmente, o estudo concluiu ainda que "outros riscos destacados de curto prazo incluem eventos climáticos extremos, polarização social, ciberespionagem e guerra".

A longo prazo, os riscos ambientais dominam, "com eventos climáticos extremos, perda de biodiversidade e colapso dos ecossistemas, mudanças críticas nos sistemas terrestres e escassez de recursos naturais a liderarem os 'rankings' de riscos a 10 anos", segundo o comunicado.

A poluição é também "identificada como um dos principais riscos a curto prazo", destacou, acrescentando que "de forma geral, os eventos climáticos extremos foram identificados como riscos significativos imediatos, de curto e de longo prazo".

O cenário de longo prazo é ainda marcado por "riscos tecnológicos relacionados com a desinformação, a informação incorrecta e os resultados adversos das tecnologias de inteligência artificial".

Os entrevistados "estão muito menos optimistas em relação ao futuro do mundo a longo prazo do que no curto prazo", sendo que "quase dois terços dos inquiridos antecipam um cenário global turbulento ou tempestuoso até 2035, impulsionado, em particular, pelo agravamento dos desafios ambientais, tecnológicos e sociais".

"Mais de metade dos inquiridos espera alguma instabilidade dentro de dois anos, reflectindo a crescente fragmentação da cooperação internacional", destacou, com as projecções a longo prazo a apontar "desafios ainda maiores, à medida que os mecanismos de colaboração devem enfrentar uma pressão crescente".

"Riscos sociais, como a desigualdade e a polarização social, surgem de forma destacada tanto nas classificações de riscos de curto como de longo prazo", lê-se no documento, que indica ainda "as preocupações crescentes com actividades económicas ilícitas, o aumento das dívidas e a concentração de recursos estratégicos evidenciam vulnerabilidades que poderiam desestabilizar a economia global nos próximos anos".

O Global Risks Report foi preparado para o Fórum Económico Mundial pela Marsh McLennan e pela Zurich e baseia-se em informações recolhidas através da pesquisa de percepção de riscos globais, que envolve as opiniões de mais de 900 líderes globais provenientes dos sectores empresarial, governamental, académico e da sociedade civil.

"O Global Risks Report 2025 é um apelo à acção - aos governos, às empresas, aos decisores como um todo", disse Manuel Coelho Dias, manager da Marsh McLennan.

"Considerando tendências e preocupações identificadas no Global Risks Report 2025, o impacto dos riscos globais no mercado português pode ser significativo", indicou, por sua vez, José Coutinho, Chief Underwriting Officer (responsável pela gestão de risco) na Zurich Portugal.

"O aumento das tensões geopolíticas e a desinformação podem afectar a estabilidade económica e política em Portugal, assim como aumentar a instabilidade e a desigualdade social. Subsistem os riscos ambientais onde os eventos climáticos extremos, perda de biodiversidade e colapso dos ecossistemas podem ter consequências graves para o meio ambiente, famílias e indústrias", alertou.CQ/CS





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