Quito – A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou na segunda-feira os ataques com explosivos contra vários jornalistas no Equador e pediu às autoridades que garantam a segurança dos trabalhadores da comunicação social.
Na semana passada, pelo menos três jornalistas dos canais TC Televisión, Teleamazonas e Ecuavisa receberam envelopes com explosivos escondidos em “pen drives”, noticiou a agência Efe.
Um desses envelopes, enviado ao jornalista da Ecuavisa Lenín Artieda, explodiu na segunda-feira quando o repórter inseriu o dispositivo num computador no seu gabinete, mas o incidente não provocou feridos.
O envelope continha ameaças contra Artieda, segundo os “média” locais. Até agora, nenhum grupo ou pessoa reivindicou a autoria dos ataques.
O presidente da SIP, Michael Greenspon, e o do Comité de Liberdade de Imprensa e Informação, Carlos Jornet, condenaram os ataques e instaram o Governo equatoriano a "investigar com celeridade" este atentado contra a liberdade de imprensa e a "agir prontamente para encontrar os responsáveis".
Estes garantiram ainda que a organização vai se manter "atenta ao desenvolvimento desta grave situação que deixa em estado de choque jornalistas e empresas de comunicação".
Os jornalistas Mauricio Ayora, da TC Televisión, de Guayaquil, e Milton Pérez, da Teleamazonas, de Quito, receberam envelopes semelhantes.
A SIP é uma organização sem fins lucrativos dedicada à defesa e promoção da liberdade de imprensa e de expressão no continente americano, sendo composta por mais de 1.300 publicações e estando sediada em Miami, Flórida.