Estocolmo - Um tribunal sueco considerou, nesta segunda-feira, dois cineastas culpados de causarem distúrbios no local, onde está afundado o navio Estónia, no Mar Báltico, anuncia a Lusa.
"Há um interesse público em manter a paz à volta do navio Estónia, que é o cemitério de um grande número de pessoas", defenderam os responsáveis pela condenação em comunicado.
O navio em questão afundou-se em 1994, após zarpar de Tallinn em direcção à Suécia.
De acordo com a Reuters, o cruzeiro transportava 803 passageiros e 186 membros da tripulação, e terão morrido no desastre 852 pessoas.
Os distúrbios ocorreram durante a gravação das filmagens de um documentário sobre a viagem, o produtor e a pessoa que controlava o equipamento foram condenados a pagar 22.400 e 18.800 coroas suecas, cerca de 2086 e 1751 euros, respectivamente.
As gravações do documentário em causa, gravado em 2019, mostraram que os estragos eram maiores do que aqueles que concluiu a investigação, feita em 1997.
Apesar de os responsáveis consideraram que "a protecção do cemitério é mais importante que a protecção da liberdade de expressão e informação", o ano passado foi aberta uma investigação para perceber a dimensão dos estragos.