Cidade do México - Cinco pessoas foram encontradas mortas no dia de Ano Novo no México, vítimas de um conflito armado entre duas facções do cartel de Sinaloa, informou hoje o Ministério Público mexicano, segundo o site Notícias ao Minuto.
Os cinco corpos foram encontrados em três locais no estado de Sinaloa, no noroeste do México, informou hoje o Ministério Público regional num comunicado, anunciando a abertura de três investigações.
Três dos cinco corpos foram encontrados ao longo de uma estrada, disse o Ministério Público, sem confirmar se tinham sido decapitados, como noticiado pela imprensa local.
Os habitantes estão reféns da violência armada do Cartel de Sinaloa, que fez 651 mortos e 513 desaparecidos entre 9 de Setembro e 31 de Dezembro de 2024, segundo o balanço oficial divulgado pelo diário La Jornada.
Os confrontos opõem os apoiantes dos filhos de Joaquin 'Chapo' Guzman, fundador do cartel, aos do seu antigo aliado, Ismael 'Mayo' Zambada.
Joquin Guzmán está a cumprir uma pena de prisão perpétua nos Estados Unidos. Ismael Zambada foi detido nos Estados Unidos em 25 de Julho. Acusou um dos filhos de Chapo de ter contribuído para a sua detenção.
Na quarta-feira, dois homens foram mortos num ataque a um restaurante no Estado de Guanajuato, no centro do país, segundo a imprensa local.
Tão grande quanto a Bélgica, Guanajuato tem a maior taxa anual de homicídios, 3.746 em 2023, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística do México.
O Corredor industrial e destino turístico, Guanajuato é também um campo de batalha entre o outro poderoso cartel do México (Jalisco) e uma máfia local (Santa Rosa de Lima).
Na quarta-feira, o governador anunciou a substituição do procurador do Estado, que esteve no cargo durante mais de 15 anos.
"Penso que é bom que o procurador tenha deixado o seu cargo. Está claro que ele não cumpriu seu papel adequadamente", disse a presidente Claudia Sheinbaum em sua primeira conferência de imprensa do ano, na quinta-feira.
A presidente de esquerda atribuiu a culpa pela violência em Guanajuato ao governo local, formado pela direita liberal-conservadora da oposição.
O México vive uma onda de violência com 27.794 homicídios nos primeiros 11 meses de 2024, dos quais pelo menos 1.175 ocorreram em Chiapas.
A disputa de rotas de drogas, tráfico de migrantes e armas forçou também mais de 10.000 pessoas a deixarem as suas casas nos últimos anos, incluindo mexicanos que fogem para a Guatemala, de acordo com relatos de organizações humanitárias.
Várias organizações civis e moradores têm apontado o mês de Novembro de 2024 como um dos mais violentos dos últimos anos em Chiapas, com números que continuam a aumentar e reflectem a ineficácia das autoridades para conter a criminalidade.CQ/CS