Beijing - Pelo menos cinco trabalhadores morreram na sequência do colapso do topo de uma mina no sudoeste da China, no segundo acidente do género a ocorrer no país asiático no espaço de uma semana.
O colapso da mina, situada na província de Sichuan, deixou 25 mineiros soterrados, na manhã de domingo. Cinco dos mineiros morreram, três ficaram gravemente feridos e os outros escaparam ilesos, informou o Departamento de Gestão de Emergências da província.
Os órgãos estatais chineses não detalharam que tipo de mina está em causa, apontando apenas que não é uma mina de carvão.
O acidente sucede enquanto os esforços de resgate prosseguem na mina a céu aberto que desabou, na região da Mongólia Interior, norte da China. Seis pessoas foram encontradas mortas e outras seis foram resgatadas com vida, mas 47 mineiros continuam soterrados sob toneladas de escombros.
A causa do colapso de uma parede da mina, há seis dias, está sob investigação. Um número desconhecido de pessoas foi detido.
O presidente chinês, Xi Jinping, pediu um esforço "total" nos trabalhos de resgate. As autoridades locais ordenaram inspecções e melhorias nas condições de segurança das outras minas da região, que produz grande parte do carvão, metais e terras raras vitais para a economia chinesa.
Mais de mil socorristas foram enviados para o local, assim como equipamento de detecção de vida e cães de resgate.
Horas após o desmoronamento inicial, outro deslizamento de terra interrompeu os esforços de resgate por várias horas, durante um período crucial para resgatar os sobreviventes.
A China depende predominantemente do carvão para gerar energia, mas tem-se esforçado para reduzir o número de acidentes fatais em minas, pondo maior ênfase na segurança e no encerramento de operações menores, que careciam do equipamento necessário.
A maioria das mortes na mineração é atribuída a explosões causadas pela acumulação de metano e pó de carvão.
A China registou uma série de acidentes industriais e de construção mortais nos últimos meses como resultado de falta de treino e regulamentos de segurança deficientes, corrupção e uma tendência de redução dos custos por empresas que buscam maximizar lucros.
Em 2015, duas explosões nas instalações químicas da zona portuária da cidade de Tianjin, nordeste da China, provocaram pelo menos 165 mortos e causaram prejuízos de mais de mil milhões de dólares.