Beijing - A China apontou hoje ao Paquistão a importância de um ambiente seguro para a cooperação entre os dois países, num contexto de recrudescimento da violência armada e de atentados que visam sobretudo cidadãos e projectos chineses no país, noticiou o site Notícias ao Minuto.
A questão da segurança fez parte das conversações entre o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que se encontra em Islamabad para a 23ª reunião do Conselho de Chefes de Governo da Organização de Cooperação de Xangai.
Num comunicado conjunto sobre a reunião, o Paquistão e a China concordaram em desenvolver esforços conjuntos em matéria de segurança.
Em Outubro passado, dois cidadãos chineses foram mortos e mais de uma dezena de pessoas ficaram feridas num atentado suicida no aeroporto do sul da cidade de Carachi.
Li instou o Paquistão a adoptar "medidas de segurança específicas" para criar um ambiente seguro para a cooperação entre os dois países, de acordo com a declaração conjunta.
Em Março passado, um outro bombista suicida matou pelo menos cinco chineses e um paquistanês, todos trabalhadores do projecto hidroeléctrico de Dasu, na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país.
O Paquistão sublinhou "o seu compromisso firme e inabalável de continuar a aumentar a contribuição e a coordenação em matéria de segurança, de reforçar as medidas de segurança e de envidar todos os esforços para garantir a segurança do pessoal, dos projectos e das instituições chinesas no Paquistão".
Beijing comprometeu-se a investir 64 mil milhões de dólares (59 mil milhões de euros) em projectos de infra-estruturas no Paquistão no âmbito do Corredor Económico China - Paquistão (CPEC), parte da iniciativa chinesa "Faixa e Rota".
Durante a visita de Li Qiang, que chegou a Islamabad na segunda-feira, os países manifestaram a sua determinação em acelerar o desenvolvimento do porto de Gwadar, transformando-o num centro de ligação regional.
Li Qiang e Sharif inauguraram virtualmente o Aeroporto Internacional de Gwadar, financiado pela China.
A China investiu cerca de 30 mil milhões de dólares (27,5 mil milhões de euros) em projectos no Paquistão desde o lançamento da CPEC em 2014, de acordo com dados do Governo paquistanês.CS