Beijing - A China afirmou hoje que "a cooperação entre os Estados Unidos e as Filipinas não deve ser dirigida contra ou prejudicar os interesses de qualquer país terceiro", em resposta à visita do secretário da Defesa norte-americano a Manila.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, disse aos jornalistas que a cooperação "também não deve exagerar as ameaças, incitar ao confronto ou agravar as tensões regionais" e argumentou que "nunca houve qualquer problema com a liberdade de navegação e de sobrevoo no mar do Sul da China".
Guo acusou Washington de "fabricar a falsa narrativa de que a China representa uma ameaça".
"Os EUA mantêm uma mentalidade de Guerra Fria e estão a reforçar a sua presença militar na região com o objectivo de minar a paz e a estabilidade", disse o porta-voz.
Exortou também os EUA a "deixarem de provocar confrontos ideológicos", e as Filipinas a não "provocarem confrontos no mar e a não procurarem o confronto militar".
A resposta chinesa surge no contexto da visita do secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, a Manila, onde se reuniu hoje com o Presidente Ferdinand Marcos Jr. e com o seu homólogo filipino, Gilberto Teodoro, nas vésperas de uma ronda de exercícios conjuntos.
Manila e Beijing estão em desacordo sobre a soberania do mar do Sul da China, uma região estratégica por onde passa cerca de 30% do comércio global, que alberga 12% dos pesqueiros do mundo e tem potenciais reservas de petróleo e gás.CS