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China denuncia "duplicidade de critérios" do G7 sobre gastos militares

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  • Luanda • Segunda, 17 Março de 2025 | 13h22
Bandeira da China
Bandeira da China
Divulgação

Beijing - A China acusou hoje o G7 de aplicar "dois pesos e duas medidas" em matéria de Defesa, rejeitando as preocupações expressas numa recente cimeira do bloco sobre as despesas militares de Beijing e a cooperação com a Rússia.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, expressou a "firme rejeição" de Beijing sobre o que chamou de "distorções e ataques infundados" no comunicado conjunto dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e União Europeia).

"As despesas com a Defesa da China são necessárias para salvaguardar a nossa soberania, segurança e interesses de desenvolvimento. É aberta, transparente, razoável e moderada", defendeu.

Mao criticou o grupo de países ocidentais por "negligenciar as próprias responsabilidades" e "evitar falar dos riscos de proliferação nuclear gerados pela aliança AUKUS, entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália".

A porta-voz chinesa acrescentou que "em vez de abordar estes perigos, o G7 opta por visar a China, o que constitui uma flagrante duplicidade de critérios".

A diplomata rejeitou as acusações sobre o alegado fornecimento de equipamento militar à Rússia no contexto do conflito na Ucrânia, assegurando que "a China nunca forneceu armas letais a nenhuma das partes envolvidas" e que a política de exportação de produtos de dupla utilização "é regida por controlos rigorosos".

Em relação às alegações do G7 de que "a superprodução" chinesa distorce os mercados globais, Mao disse que tais acusações "foram desmentidas pelos factos" e acusou os países do bloco de "politizar as relações económicas e comerciais".

O comunicado do G7 também reiterou a oposição a qualquer tentativa unilateral de "mudar o 'status quo' pela força" no estreito de Taiwan, uma referência que a China rejeitou fortemente.

"A questão de Taiwan está no centro dos interesses fundamentais da China e não permite interferências externas", advertiu Mao.CS
 





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