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Chefe da diplomacia admite "risco não menosprezável" de guerra aberta no Médio Oriente

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  • Luanda • Quarta, 03 Janeiro de 2024 | 19h30

Bruxelas - O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou esta quarta-feira que o risco de uma "guerra aberta" no Médio Oriente "não é menosprezável" e admitiu que a morte de um dirigente do grupo islamita Hamas no Líbano pode fazer escalar o conflito.

"O receio que temos todos é o risco de que a situação se alargue", comentou hoje o alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, numa conferência de imprensa após um discurso no Seminário Diplomático, encontro anual promovido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.

Na terça-feira, o Hamas confirmou no seu canal oficial, Al-Aqsa TV, a morte de Saleh al-Arouri, vice-presidente do gabinete político do movimento islamita palestiniano, e de pelo menos mais seis militantes, incluindo os guarda-costas do dirigente, num ataque em Beirute, capital libanesa. O exército de Israel disse esta madrugada estar preparado para "qualquer cenário", mas não reivindicou a autoria do ataque que matou al-Arouri.

Josep Borrell assinalou hoje que, nos dois lados da fronteira do Líbano, há dezenas de milhares de deslocados devido aos conflitos, lamentando: "O risco de uma guerra aberta, como em 2006, não é infelizmente menosprezável".

"A morte de um dirigente do Hamas é um factor adicional que pode fazer com que o conflito escale", reconheceu.

Borrell revelou que tem prevista uma viagem ao Médio Oriente, que deve começar esta quinta-feira no Líbano, passando depois pela Jordânia e Arábia Saudita, mas disse que neste momento não sabe se poderá fazer esta deslocação devido à eventuais restrições no espaço aéreo libanês.

"É muito importante estar em contacto com o Governo libanês e o Governo jordano e os países árabes para explorar vias de solução para o conflito", defendeu.

As guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, adiantou, são as que prendem mais, neste momento, "a atenção política europeia".

"A Europa tem de investir todo o seu capital político em manter o apoio à Ucrânia, para repudiar a agressão russa, e em procurar a paz no Médio Oriente, através da única solução possível, a solução dos dois Estados, algo que há muitos anos vimos repetindo mas sem nos comprometermos a fundo para a tornar uma realidade", afirmou o chefe da diplomacia da UE, em conferência de imprensa ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho.

Para Borrell, "o drama que começou a 07 de Outubro [com atentados do Hamas contra Israel] e que continua, obriga a procurar uma solução que permita uma coexistência em paz e segurança de Israel e Palestina".

O representante europeu relacionou também a instabilidade no Mar Vermelho, com os ataques dos Huthis, com o conflito entre Israel e o Hamas.

A este propósito, adiantou que, esta quinta-feira, o Serviço Europeu de Acção Externa, que dirige, vai apresentar aos Estados-membros uma proposta para a "criação de uma missão que possa contribuir para a segurança no Mar Vermelho, sabendo que isso também requer unanimidade".

A proposta surge depois de Espanha, que tem um navio de guerra na missão Atalanta, para combater a pirataria marítima na costa oriental de África, ter recusado a extensão desta missão à segurança da marinha mercante no Mar Vermelho, por considerar terem âmbitos diferentes. MOY/JM



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