Astana - O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu segunda-feira em Astana a inclusão da Rússia nos esforços de paz para colocar um fim à guerra na Ucrânia, país invadido pelo exército russo em Fevereiro de 2022.
O chanceler destacou, no âmbito de uma reunião com o Presidente do Cazaquistão, Kasim-Jomart Tokayev, em Astana, que não contribuiu para a paz o facto de a Rússia "continuar com a guerra e atacar a Ucrânia com grande agressividade".
No entanto, Scholz lembrou que a Alemanha está entre os "muitos países" do mundo que apoiam a Ucrânia e defendem a sua integridade e soberania, insistindo que a Rússia iniciou a guerra, está a dar continuidade aos combates, mas que "pode, a qualquer momento, interromper a sua agressão".
O Presidente cazaque garantiu no início do encontro com o chanceler alemão que "a Rússia é invencível" e apelou ao apoio ao plano de paz sino-brasileiro para resolver o conflito na Ucrânia.
Em Maio, os Governos do Brasil e da China apresentaram uma proposta conjunta que prioriza o diálogo e as negociações como "a única solução viável para a crise na Ucrânia" de forma a "reduzir a escalada da guerra e criar as condições para o diálogo político".
O chanceler alemão está a realizar uma viagem pela Ásia Central. No domingo visitou o Uzbequistão e, depois de se reunir com Tokayev, no Cazaquistão.
Hoje, terça-feira, será o anfitrião de um encontro com os líderes dos cinco países da Ásia Central, região que inclui também o Turquemenistão, o Tajiquistão e o Quirguistão. JM