Cidade do México - Candidatos às eleições presidenciais no México assinaram segunda-feira um compromisso para a paz, promovido pela Igreja Católica que propõe estratégias para reduzir a violência no país.
O documento preparado pela Conferência Episcopal do México defende que o tecido social do país "está em processo de acelerada degradação", uma avaliação que a candidata do partido no poder rejeitou como demasiado pessimista.
"Também não concordo com a visão segundo a qual prevalecem o medo, o desamparo, a falta de confiança e a incerteza", disse Claudia Sheinbaum, candidata do Movimento de Regeneração Nacional (esquerda) e favorita para as presidenciais de 02 de Junho.
A antiga autarca da capital, Cidade do México, assinou o compromisso, mas sublinhou que o número de homicídios e a percepção da violência por parte da população diminuíram desde que o actual Presidente Andrés Manuel López Obrador tomou posse, em Dezembro de 2018.
Andrés Obrador tem dado prioridade ao que considera ser as raízes da violência, incluindo a pobreza, mas tem sido criticado pela oposição por fortalecer o poder dos militares.
A principal rival de Sheinbaum, Xóchitl Gálvez, declarou-se "em perfeita concordância" com o diagnóstico e as propostas da Igreja.
A senadora de centro-direita, que faz campanha sob o lema "Por um México sem medo", reiterou a proposta de criação de uma enorme prisão de alta segurança.
Gálvez prometeu melhorar as condições de trabalho da polícia, dos procuradores e dos juízes.
"Um problema desta magnitude requer a participação de todos", acrescentou.
O México regista anualmente uma média de cerca de 30 mil homicídios, muitos deles ligados ao tráfico de drogas ou a outras formas de crime organizado.
Os cartéis de narcotráfico há muito controlam áreas do México através da violência e da corrupção.
Nos últimos anos, estes grupos têm começado a extorquir empresas exigindo pagamentos para protecção. CNB/GAR