Ottawa - Canadá e a Letónia iniciam na próxima semana a formação de soldados ucranianos em responsabilidades de batalha, coordenação de manobras ou reconhecimento de inteligência, informou hoje a ministra da Defesa canadiana, Anita Anand, citada pela agência EFE.
A responsável pela pasta da Defesa no Canadá explicou em Ottawa, durante uma conferência de imprensa conjunta com a homóloga letã, Inara Murniece, que o treino de jovens oficiais ucranianos vai decorrer a partir de 15 de Maio no país do Báltico.
"A formação treinará jovens oficiais ucranianos sobre responsabilidades de batalha, processo de planeamento, coordenação de manobras, reconhecimento de inteligência, planeamento e execução", sublinhou Anand, à agência EFE.
O Canadá, que também está envolvido no treino de militares ucranianos no Reino Unido e Polónia, começou a ajudar as Forças Armadas da Ucrânia em 2015, enviando 200 conselheiros militares.
O anúncio quarta-feira coincide com o fim de uma operação de defesa cibernética na Letónia, envolvendo integrantes das Forças Armadas canadianas e norte-americanas especializadas no combate a ciberataques.
Nesta operação de três meses, membros das Forças Armadas canadianas e norte-americanas auxiliaram a Instituição de Resposta a Incidentes de Segurança da Informação da Letónia (CERT.LV) na defesa da infra-estrutura crítica no país
A ofensiva militar lançada a 24 de Fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição russa de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 441.º dia, 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais. CNB/GAR