Bruxelas - A Comissão Europeia vai avançar com uma proposta legislativa com vista a um aumento significativo da produção industrial de munições na União Europeia (UE), anunciou quinta-feira a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.
No final da primeira sessão de trabalhos da cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE que termina hoje, sexta-feira, em Bruxelas, Von der Leyen saudou, tal como o próprio Conselho Europeu, o acordo alcançado esta semana entre os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros dos 27 para "fornecer 1 milhão de munições de artilharia à Ucrânia ao longo dos próximos 12 meses".
"Tivemos uma discussão sobre como seguir em frente tão rapidamente quanto possível. A Comissão vai apresentar uma proposta legislativa para permitir o aumento da produção industrial de munições", anunciou, apontando que tal é necessário nos casos em que se recorra ao orçamento comunitário, para financiar por exemplo a construção, expansão ou readaptação de instalações de fabrico.
Actualmente, e além dos contributos bilaterais dos países membros, a UE tem prestado apoio militar à Ucrânia através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, um instrumento extra-orçamental financiado pelos Estados-membros.
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia congratularam-se com o acordo alcançado esta semana pelos 27 com vista à entrega urgente de munições à Ucrânia "e, se solicitado, mísseis".
No final da sessão de trabalho dedicada à guerra na Ucrânia, e já depois de o Presidente ucraniano, Volodymy Zelensky, se ter dirigido aos líderes europeus por videoconferência, pedindo ainda mais apoio militar, designadamente mísseis de longo alcance e aviões de combate modernos, o Conselho Europeu adoptou conclusões, nas quais assegura que "continuará a prestar um forte apoio" à Ucrânia, incluindo militar.