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Bielorrússia recebe novos sistemas de mísseis hipersónicos russos

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  • Luanda • Quinta, 26 Dezembro de 2024 | 19h52
Bandeira da Bielorrússia
Bandeira da Bielorrússia
Foto divulgação

Moscovo - A Bielorrússia vai receber uma dezena de novos sistemas de mísseis balísticos hipersónicos 'Oreshnik', produzidos pela Rússia, anunciou hoje o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, noticiou o site Notícias ao Minuto.

"Penso que, por enquanto, vamos receber uma dúzia e depois veremos", disse Lukashenko na cimeira da União Económica Eurasiática, em São Petersburgo, na Rússia.

O chefe de Estado bielorrusso, um reconhecido aliado de Moscovo, acrescentou ainda que, se a Rússia tiver intenção de "instalar mais" mísseis na Bielorrússia, o seu país também os aceitará.

O Presidente russo, Vladimir Putin, já havia afirmado que os alvos visados pelos mísseis instalados na Bielorrússia poderiam ser definidos por Minsk.

O chefe do Kremlin (presidência russa) detalhou também que a entrega dos mísseis 'Oreshnik' ao seu aliado só seria possível no segundo semestre de 2025.

Em 21 de Novembro, a Rússia disparou pela primeira vez os novos mísseis hipersónicos 'Oreshnik' contra uma fábrica em Dnipro, no sudeste da Ucrânia, argumentando na altura que a manobra era uma resposta à utilização de armas ocidentais contra o território russo.

Na altura, o líder russo afirmou que tinha testado em condições de combate "um dos mais recentes sistemas de mísseis russos de médio alcance", que não pode ser interceptado por nenhum sistema de defesa aérea.

Desde então, a Rússia não voltou a utilizar os mísseis hipersónicos 'Oreshnik' na Ucrânia.

Em resposta aos bombardeamentos contra as suas infraestruturas e cidades, a Ucrânia intensificou os ataques às instalações energéticas russas para perturbar a logística do exército de Moscovo, que ainda ocupa quase 20% do território ucraniano.

A Rússia invadiu a Ucrânia em Fevereiro de 2022 com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 após o desmoronamento da União Soviética e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infra-estruturas ucranianas.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território. MOY/AM

 

 





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