Washington - O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que vai "esperar para ver" se a Rússia "mantém a sua palavra" e reduz a atividade militar em torno das cidades ucranianas de Kyiv e Chernigiv.
"Vamos ver se eles mantêm a sua palavra", realçou o chefe de Estado norte-americano em declarações aos jornalistas.
O presidente dos EUA manteve uma conversa telefónica com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi e o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Segundo Biden, os líderes ocidentais foram unânimes em considerar que é necessário esperar para ver as acções da Rússia.
"Eu não interpreto nada [sobre as declarações de Moscovo] até ver quais são as suas acções", acrescentou Biden.
A Rússia prometeu hoje reduzir "drasticamente" a sua actividade militar em direcção às cidades ucranianas de Kyiv e Cherniguiv, após a ronda de negociações com a Ucrânia, que decorrem em Istambul.
"Como as negociações sobre um acordo de neutralidade e estatuto não nuclear da Ucrânia entraram numa dimensão prática (...) foi decidido, como forma de aumentar a confiança, reduzir drasticamente a actividade militar em direcção a Kyiv e Cherniguiv", afirmou o vice-ministro da Defesa russo, Alexandre Fomine.
O chefe da delegação russa e conselheiro presidencial, Vladimir Medinsky, admitiu "discussões substanciais" e referiu que as propostas "claras" da Ucrânia para um acordo seriam "estudadas muito em breve e submetidas ao presidente", Vladimir Putin.
O Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu hoje "progresso" nas negociações sobre um cessar-fogo na Ucrânia, numa conversa telefónica com o seu homólogo francês, apelando simultaneamente à rendição das tropas "nacionalistas" ucranianas que defendem a cidade de Mariupol.
De acordo com a Presidência francesa, Vladimir Putin garantiu que não está disposto a desistir dos seus objectivos militares na Ucrânia, em particular em Mariupol, recusando-se a levantar o cerco daquela cidade.