Varsóvia - O presidente da câmara de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, foi eleito candidato às eleições presidenciais polacas de 2025 pela Coligação Cívica da Polónia, liderada pela Plataforma Cívica de Donald Tusk, que anunciou hoje os resultados.
Trzaskowski venceu as primárias com 74,75% dos votos, contra 25,35% do ministro dos Negócios Estrangeiros, Radoslaw Sikorski.
"Rafal Trzaskowski é o candidato de toda a coligação nas eleições presidenciais", afirmou Tusk nas redes sociais, citado pela agência espanhola EFE.
O actual primeiro-ministro polaco disse que, com 22.126 votos expressos, "houve um grande vencedor e um grande vencido".
"Foi uma campanha emocionante e autêntica. Foi assim que foram as nossas primárias. É assim que é a democracia", acrescentou.
A aliança liderada por Tusk inclui a Plataforma Cívica e uma dezena de partidos do centro e da esquerda que governam o país desde outubro de 2023 com maioria absoluta.
Sikorski apelou a todos os que votaram nele para apoiarem "incondicionalmente o candidato à Presidência da República da Polónia, Rafal Trzaskowski".
O presidente da câmara de Varsóvia, de 52 anos, afirmou que vai tentar a vitória nas eleições presidenciais do próximo ano, cuja data ainda não foi definida, mas que deverão realizar-se em maio.
Trzaskowski disse que tem "um mandato muito forte e muita energia, determinação e coragem para derrotar o PiS", referindo-se ao partido ultraconservador Lei e Justiça.
O PiS deverá anunciar o seu candidato no domingo.
O actual Presidente polaco, Andrzej Duda, um fiel do PiS, já não poderá candidatar-se após dois mandatos consecutivos de cinco anos.
Trzaskowski já se candidatou à presidência polaca em 2020, mas perdeu para Duda.
Presidente da câmara de Varsóvia desde 2018, Trzaskowski foi vice-ministro dos Negócios Estrangeiros para os assuntos da União Europeia (UE) no governo da primeira-ministra Ewa Kopacz (2014-2015).
Nessas funções, esteve envolvido em negociações fundamentais da UE, como as sanções contra a Rússia pela ocupação da península ucraniana da Crimeia, em 2014, e a segurança energética.
Foi também ministro da Administração e Digitalização no governo de Tusk (2013-2014) e deputado ao Parlamento Europeu.CS