Kiev - Forças russas atingiram uma zona residencial em Odessa durante a madrugada desta terça-feira, num ataque que culminou com sete feridos, entre os quais duas crianças, anunciou a Lusa.
A informação foi avançada pela Defesa ucraniana que refere que, após o ataque, deflagrou um incêndio que danificou pelos menos 14 apartamentos.
Uma equipa de emergência deslocou-se ao local e conseguiu resgatar 34 pessoas, entre elas, três crianças.
A gravidade dos seus ferimentos não é, ainda, conhecida.
O ataque teve também como alvo Kiev, de acordo com as autoridades militares ucranianas.
O Kiev Independent recorda que a Força Aérea já tinha alertado para a ameaça dos drones nestas duas regiões.
As regiões do sul da Ucrânia, como Odesa, são alvos frequentes de ataques russos, que danificam as infra-estruturas civis e causam várias vítimas entre os civis.
Entretanto, um russo foi condenado na segunda-feira a cinco anos de trabalho correctivo por ter criticado a invasão da Ucrânia durante uma entrevista na rua, mais uma ilustração da repressão na Federação Russa, segundo meios independentes.
Se centenas de opositores, militantes e russos comuns foram detidos por errem expressado o seu desacordo com o ataque russo à Ucrânia, este foi o primeiro caso de alguém condenado por ter respondido a perguntas de jornalistas.
Iouri Kokhovets foi considerado culpado por um tribunal de Moscovo de ter "desacreditado o exército" e condenado a cinco anos de prisão, assinalaram os meios independentes SOTAVision e Mediazona e a organização não-governamental OVD-Info.
Kokhovets tinha respondido espontaneamente, em Julho de 2022, a um pedido de declarações feito pela Radio Free Europe/Radio Liberty (RFE/RL) junto de transeuntes nas ruas de Moscovo e criticado abertamente os dirigentes russos, bem como a invasão da Ucrânia.
Questionado à saída de uma estação de metro, estimou que o presidente, Vladimir Putin, e o governo russo eram "bandidos" responsáveis pelo conflito e contrariou os argumentos do Kremlin (presidência) para justificar a invasão.
Na ocasião, acusou ainda os militares russos de terem "abatido sem razão" civis em Boutcha, uma localidade perto de Kiev, que foi palco de um massacre imputado às tropas de Moscovo, no início da ofensiva russa, em 2022. GAR