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Antigo PM Imran Khan denuncia repressão nunca vista no Paquistão

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  • Luanda • Quinta, 25 Maio de 2023 | 10h41
Mapa do Paquistão e rio Indo
Mapa do Paquistão e rio Indo
Divulgação

Islamabad - O ex-primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, denunciou hoje, durante um discurso ao país, que o Paquistão vive uma repressão "nunca vista na história", na sequência de detenções de activistas e membros do seu partido, anunciou a agência Associated Press (AP).

“Esta é uma repressão que nunca vi na história do Paquistão", realçou o ex-chefe de governo, que também foi detido durante alguns dias no início do mês, durante uma mensagem de vídeo dirigida aos paquistaneses.

Alertou que "quem disser que é do Paquistão Tehreek-e-Insaf, o seu partido (PTI) vai enfrentar opressão e violência, vai ser detido", acrescentando que quem disser a palavra mágica “não estou mais no PTI” será libertado".

Simpatizantes e líderes do seu partido estão a ser perseguidos, de acordo com o ex-primeiro-ministro paquistanês.

"Estão a colocar toda a gente na prisão, não sei quem mais contactar", sublinhou Imran Khan, desde a sua casa em Lahore (leste), a segunda maior cidade do Paquistão e capital da região de Punjab.

Estas declarações surgiram após uma associada do partido de Imran Khan ter anunciado terça-feira que ia deixar a política, depois de ter sido presa várias vezes na sequência de protestos provocados pela detenção no início de Maio do próprio Khan.

Khan, de 70 anos, foi detido em 09 de Maio em Islamabad, suspeito num caso de corrupção e libertado sob fiança três dias depois.

A detenção de Khan desencadeou dias de protestos e violência nos últimos anos, tendo pelo menos 10 apoiantes do ex-primeiro-ministro ter sido mortos em confrontos com a polícia.

Desde então, defensores de direitos humanos acusam as autoridades de reprimir duramente apoiantes e partidários do PTI.

Shireen Mazari, que foi ministra dos Direitos Humanos entre 2018 e 2022 e actualmente vice-presidente do PTI, explicou na terça-feira que foi submetida a "12 dias de prisão, libertação, detenção e libertação".

"Resolvi que vou sair do activo. A partir de agora não pertenço mais ao PTI nem a nenhum partido político", destacou numa breve conferência de imprensa.

O PTI tinha divulgado que Shireen Mazari foi detida cinco vezes por acusações que incluíam incitação à violência.

Mais de uma dúzia de altos funcionários do partido foram presos e oito ainda estão detidos.

O Governo de Shehbaz Sharif deteve, nas últimas semanas, cerca de 4.000 apoiantes de Khan e do seu partido da oposição, segundo a agência Associated Press (AP). CNB/GAR





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