Cidade do México - O antigo procurador-geral do México, Jesús Murillo Karam, vai ser julgado no tribunal criminal pelo desaparecimento de 43 estudantes em 2014, decidiu hoje um juiz mexicano.
Integrado no gabinete presidencial mexicano naquela época, Murillo Karam, que liderou uma investigação muito controversa sobre este caso, vai ser processado por desaparecimentos forçados, tortura e obstrução da justiça, disse à imprensa o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
No passado, o magistrado havia defendido a polémica investigação sobre o desaparecimento dos alunos da Escola Normal de Ayotzinapa, no estado de Guerrero, na noite de 26 para 27 de Setembro.
Murillo Karam foi preso na última sexta-feira, um dia após a publicação de um relatório que denuncia o caso como "um crime de Estado" com a participação de militares.
A Procuradoria-Geral da República mexicana também emitiu mandados de detenção contra 64 polícias e militares, bem como 14 membros do cartel de narcotraficantes Guerreros Unidos.