Caracas - A Assembleia Nacional (AN, parlamento) condenou hoje a decisão do Parlamento Europeu (PE) de reconhecer o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela, noticiou o site Notícias ao Minuto.
O projecto de acordo foi proposto pela deputada Blanca Eeckhout que acusou o PE de ter uma posição "vergonhosa", de "intrometer-se, interferir e, mais uma vez, tentar transformar a Venezuela numa colónia".
O acordo apela também a respeitar a decisão dos venezuelanos que elegeram soberanamente Nicolás Maduro como presidente reeleito do país.
Durante o debate, o vice-presidente da NA, Pedro Infante, acusou a "internacional fascista" de influenciar o Parlamento Europeu e denunciou que está em curso um plano "dos parlamentares dominados pela ultradireita internacional para atacar a revolução bolivariana e o Governo de Nicolás Maduro".
O Parlamento Europeu (PE) reconheceu hoje Edmundo González, principal opositor ao regime de Nicolas Maduro, como o Presidente legítimo do país, com o voto contra da esquerda representada no hemiciclo.
Durante a sessão plenária em Estrasburgo (França), os eurodeputados aprovaram uma resolução com 309 votos favoráveis, 201 contra e 12 abstenções, que reconheceu o líder da oposição, hoje exilado, como vencedor das eleições presidenciais de 28 de Julho.
A Venezuela realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de Julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos.
A oposição venezuelana contesta os dados oficiais e alega que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia - actualmente exilado em Espanha -, obteve quase 70% dos votos. CQ/JM