Berlim - Aminata Touré, cujos pais chegaram do Mali devastado pela guerra em 1992 acaba de assumir o cargo de Ministra para Assuntos Sociais em Kiel, no estado alemão de Schleswig-Holstein.
Enquanto filha de refugiados Touré passou a infância em campos de refugiados alemães, sem saber se poderia ficar a viver no país. Hoje em dia é a primeira mulher negra com um cargo de ministra num governo de estado.
É uma jovem de 29 anos e é considerada a representante do novo espírito de cooperação entre os democratas-cristãos (CDU) sob a liderança do Primeiro-ministro do estado, Daniel Günther, e o partido ao qual pertence, os Verdes pró-ambiente.
Touré, citada pelo jornal The Guardian, diz que usará o seu novo cargo político para combater o racismo abundante na sociedade alemã, bem como a crescente desigualdade social. “Como uma mulher negra nesta sociedade, sou basicamente frequentemente subestimada e tratada como um estereótipo – esse era o caso antes de eu assumir este cargo, e também agora que estou nele”, refere.
No discurso de tomada de posse, disse também estar profundamente comovida ao descobrir que a sua presença na cena política é vista como inspiradora pelos negros na Alemanha, que têm muito poucos modelos deste tipo de político.