Berlim - Os governos da Alemanha e da França apelaram esta segunda-feira ao fim da violência na Cisjordânia, considerando inaceitáveis quer o atentado que vitimou dois colonos israelitas quer as acções de represália contra civis palestinianos.
"É urgente que sejam respeitados os acordos para evitar uma escalada e que todos se comprometam, agora, a não inflamar uma situação já muito tensa", disse Christofer Burger, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão.
Condenando "com grande firmeza o atentado contra dois jovens israelitas (de 20 e de 22 anos) nos territórios ocupados da Cisjordânia", a Alemanha, que elogiou os apelos à calma feito pelas autoridades de Telavive, considerou "totalmente inaceitáveis" as operações de represália desencadeadas por colonos em várias localidades palestinianas.
Em Paris, num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês considerou "inaceitáveis" os actos de violência contra civis palestinianos na Cisjordânia ocupada.
"A França condena veementemente o ataque que custou a vida a dois israelitas a 26 de Fevereiro. Mas a violência contra civis palestinianos é inaceitável", declarou o Governo francês, sublinhando o receio de que a situação na Cisjordânia possa ficar "fora de controlo".
A violência ocorreu como retaliação à morte de dois colonos israelitas, horas antes, abatidos a tiro por um palestiniano.
Os colonos mortos foram identificados como Hillel e Yagel Yaniv, dois irmãos de 20 e de 22 anos, que viviam no colonato judaico de Har Bracha, a poucos quilómetros de Huwara, na região de Nablus, na Cisjordânia.